sábado, 21 de maio de 2011

Respiração celular - Ciências - UOL Educação

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Relações ecológicas - Ciências - UOL Educação

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Reciclagem - Ciências - UOL Educação

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Pantanal - Ciências - UOL Educação

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Pampas - Ciências - UOL Educação

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Origem da vida na Terra - Ciências - UOL Educação

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Órgãos do sentido - Ciências - UOL Educação

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Músculos - Ciências - UOL Educação

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Moléculas - Ciências - UOL Educação

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Matéria e energia - Ciências - UOL Educação

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Mata de Araucárias - Ciências - UOL Educação

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Mata Atlântica - Ciências - UOL Educação

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Manguezais e restingas - Ciências - UOL Educação

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Mamíferos (2) - Ciências - UOL Educação

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Mamíferos (1) - Ciências - UOL Educação

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Lixo (2) - Ciências - UOL Educação

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Lixo (1) - Ciências - UOL Educação

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Insetos - Ciências - UOL Educação

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História da ciência (4) - Ciências - UOL Educação

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História da ciência (3) - Ciências - UOL Educação

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História da ciência (2) - Ciências - UOL Educação

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História da ciência (1) - Ciências - UOL Educação

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Bactérias - Ciências - UOL Educação

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Fungos - Ciências - UOL Educação

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Fotossíntese - Ciências - UOL Educação

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Floresta Amazônica - Ciências - UOL Educação

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Evolução - Biologia - UOL Educação

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Viagem de Darwin - Ciências - UOL Educação

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Teorias evolucionistas - Biologia - UOL Educação

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Teorias evolucionistas - Ciências - UOL Educação

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Evolucionismo - Ciências - UOL Educação

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Estados físicos da matéria - Ciências - UOL Educação

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Esqueleto (2) - Ciências - UOL Educação

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Esqueleto (1) - Ciências - UOL Educação

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Ecossistemas brasileiros - Ciências - UOL Educação

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Ecologia (2) - Ciências - UOL Educação

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Ecologia (1) - Ciências - UOL Educação

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Dinossauros e aves - Ciências - UOL Educação

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sexta-feira, 20 de maio de 2011

Cuidado parental - Ciências - UOL Educação

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Componentes da natureza - Ciências - UOL Educação

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Classificação dos seres vivos - Ciências - UOL Educação

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Circulação do sangue - Ciências - UOL Educação

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Ciência - Ciências - UOL Educação

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Cerrado (2) - Ciências - UOL Educação

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Cadeia alimentar - Ciências - UOL Educação

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Caatinga - Ciências - UOL Educação

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Biomas aquáticos - Ciências - UOL Educação

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Biomas de transição - Ciências - UOL Educação

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Bactérias - Ciências - UOL Educação

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Átomos (2) - Ciências - UOL Educação

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Átomos (1) - Ciências - UOL Educação

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Atmosfera - Ciências - UOL Educação

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Água - Ciências - UOL Educação

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Drogas Lícitas e Ilícitas

Por Ana Paula de Araújo

Drogas são substancias capazes de alterar o funcionamento do organismo humano. Dependendo da natureza e composição das mesmas elas podem agir em determinados locais ou no organismo como um todo. Toda droga tem seus efeitos, porém eles não se manifestam da mesma maneira em todos os organismos, especialmente porque cada droga tem sua contra-indicação.

Há dois grandes grupos de drogas, que não as agrupam segundo as suas características, mas segundo as convenções e exigências sociais. São eles o grupo das drogas lícitas e o grupo das drogas ilícitas.

As drogas são substâncias capazes de produzir alterações nas sensações físicas, psíquicas e emocionais. Sendo assim, energéticos, café, refrigerantes, chocolates, dentre muitos outros alimentos, contêm substâncias que podem ser consideradas drogas pois alteram de alguma maneira as sensações de quem as ingere. Estas, porém, se ingeridas em quantidade moderada não representam nenhuma ameaça para o ser humano. Se, no entanto, são demasiadamente utilizadas por alguém, podem causar uma leve dependência e problemas de saúde futuros.

Elas são utilizadas para diversos fins desde a antiguidade. Podem ser utilizadas para curar doenças ou obter prazer. Entre as drogas lícitas estão os medicamentos em geral (os quais só são permitidos sob prescrição médica), o álcool e o cigarro, além dos alimentos já citados. Já entre as principais drogas ilícitas estão a maconha, a cocaína, o ecstasy, o crack, a heroína, etc. Existem ainda outras substâncias que causam dependência, mas que são vendidas livremente para outros fins como a cola de sapateiro e o hypnol. Há diversas outras drogas que também são utilizadas da mesma maneira e algumas delas ainda nem são conhecidas pelo ministério da saúde e pelas autoridades judiciais.

Drogas lícitas são aquelas permitidas por lei, as quais são compradas praticamente de maneira livre, e seu comércio é legal. Drogas ilícitas são as cuja comercialização é proibida pela justiça, estas também são conhecidas como “drogas pesadas” e causam forte dependência.

As drogas ainda se dividem quanto ao seu efeito no organismo humano: drogas depressoras, são as que causam efeitos semelhantes aos da depressão (álcool, cola de sapateiro, loló, lança-perfume, tranqüilizantes e remédios para dormir); drogas estimulantes, como o nome diz, causam o aumento da adrenalina, uma sensação de alerta, o aumento dos batimentos cardíacos e podem levar até ao ataque cardíaco. Levam cerca de 15 segundos para chegarem ao cérebro (crack, ecstasy, cocaína, maconha, LSD, etc.); há ainda o grupo dos opiáceos, onde encontra-se a heroína, a qual compromete a maioria das funções do corpo humano. Não falamos aqui do tabaco, do álcool e dos esteróides (bomba), os quais são responsáveis por diversas outras doenças atualmente devido à grande incidência de uso destas drogas.

Com exceção das drogas que são utilizadas para fins medicinais, as demais em nada contribuem para o crescimento e desenvolvimento das pessoas como seres humanos. Além dos prejuízos no âmbito da saúde do indivíduo, que são irreparáveis e muitas vezes incontroláveis, há um prejuízo imensurável no que diz respeito à vida social, familiar, emocional e psicológica da pessoa. Por esse motivo, é preciso uma campanha de conscientização constantes, além de ser extremamente necessário o atendimento de famílias carentes para que elas possam ter condições de manterem-se e não caírem em doenças como a depressão que levam naturalmente ao uso das drogas. A condição social do indivíduo é influente e contribui para o uso ou não das drogas, pois na maioria das vezes estas são consideradas uma fuga da realidade que essas pessoas enfrentam, e por isso se torna tão freqüente o seu uso.

Um outro fator importante é a formação individual que cada um deve receber enquanto ser humano. Esse é um dos principais motivos de jovens do mundo inteiro recorrerem às drogas, o fato de se sentirem sozinhos ou perdidos, sem muitas experiências de vida e sem boas referências para descobrirem que caminho querem seguir. Essa batalha não é simples e não se resolve apenas com informações básicas como estas a respeito do uso de drogas, mas já é um começo. Temos que encarar que qualquer pessoa pode cair nessa “cilada” e que para evitarmos maiores danos temos que ser exemplos de pessoas que não precisam fazer uso desses artifícios para ser bem-sucedidos pessoal e profissionalmente.

Por Ana Paula de Araújo

Para que o funcionamento do metabolismo do corpo humano ocorra naturalmente apenas são necessários alimentos diversificados e água pura. As demais substâncias só devem ser utilizadas em dosagens controladas por um profissional e para aliviar algum tipo de incômodo causado por doença.

O consumo de qualquer medicamento em uma dosagem acima da que o metabolismo humano suporta é prejudicial à saúde. Além do cigarro e do álcool, alguns medicamentos são freqüentemente utilizados de maneira abusiva, causando problemas de saúde e até mesmo dependência. São eles:

- anabolizantes (bombas): medicamentos com alta dose de hormônios concentrados, utilizados com o objetivo de aumentar a massa muscular. Pode causar alterações no metabolismo do corpo e até impotência sexual.

- descongestionantes nasais: remédios utilizados apenas com o fim de desobstruir o nariz, aparentemente não oferecem nenhum risco, mas podem causar dependência e crises de abstinência caso não sejam utilizados.

- benzodiazepínicos: são medicamentos tranqüilizantes, utilizados para induzir ao sono ou para reduzir a ansiedade, nervosismo, etc.

- xaropes: medicamentos utilizados para controlar a tosse ou dificuldade de respiração, mas que podem conter substâncias semelhantes às do ópio, causando dependência.

- anorexígenos: medicamentos utilizados para reduzir o apetite, controlando, assim, o peso.

No Brasil, atualmente, enfrenta-se um sério problema denominado por alguns pesquisadores tráfico de drogas lícitas. Trata-se do grande consumo de remédios anorexígenos. Apesar de só ser permitida a compra dos mesmos sob prescrição médica e de apenas alguns laboratórios terem a licença para produzi-los, muitos farmacêuticos e médicos têm o costume de comercializar estes medicamentos sem tomarem qualquer cuidado com a situação da pessoa que fará uso dos mesmos. Como existe uma grande procura, há também uma grande facilidade de encontrá-los. O problema maior é que muitas vezes os remédios vêm compostos por substâncias prejudiciais à saúde, mas tal fato não é lembrado por muitos profissionais que, irresponsavelmente, distribuem os medicamentos.

Pelo fato de cada organismo humano ser diferente, os medicamentos agem de maneiras diferentes, podendo ser mais ou menos eficazes para o tratamento proposto, ou até mesmo sendo prejudiciais à saúde do indivíduo ao invés de ser benéfico. Efeitos colaterais ou reações alérgicas podem ser um indicativo da ação do remédio no organismo do indivíduo. Este pode ser mais ou menos demorado, de acordo com o funcionamento dos órgãos responsáveis pela absorção do medicamento.

Como os medicamentos causam reações químicas, podemos perceber uma variação das mesmas devido às substâncias que o medicamento pode encontrar no corpo. Ao ingerirmos determinada substância o nosso metabolismo interrompe a produção da mesma, já que a quantidade existente no corpo é suficiente. Com o tempo, caso a substância continue sendo ingerida, o corpo para de produzi-la, e caso ela deixe de ser introduzida no sistema metabólico, o corpo não voltará imediatamente a produzi-la. É nesse intervalo de tempo que acontecem as crises de abstinência, tão comuns para quem está deixando de consumir determinada droga.

Por Vivian Fernandes

As anfetaminas pertencem ao grupo mais comum das drogas psicoestimulantes, as quais são responsáveis por acelerar o sistema nervoso central, acarretando na redução da necessidade de sono e da fadiga, aumento da atividade motora e euforia.

Essas drogas são sintéticas, e em estado puro têm a forma de cristais amarelados. Elas podem ser consumidas via oral, aspiradas na forma de pó ou injetadas. Dentre os produtos comercializados, pode-se citar: Amphaplex, Benzedrine, Bifetamina, Dexedrine, Dexamil, Methedrine, dentre outros.

Estas drogas originaram-se no século XVIII e eram muito utilizadas em diversos tratamentos médicos, como doença de Parkinson, asma, obesidade. Devido aos seus efeitos estimulantes, as anfetaminas também foram utilizadas por soldados durante a Segunda Guerra Mundial, a fim de evitar fadiga e aumentar a resistência e o estado de alerta. Durante esse mesmo período, operários fabris japoneses ingeriram quantidades maciças das substâncias, visando o aumento da produção das máquinas de guerra. Este fato desencadeou num enorme número de dependentes químicos. No pós-guerra foram analisadas as graves conseqüências do consumo irregular dessas drogas e portanto, seu uso foi restringido em alguns países.

No Brasil, a substância é comercializada em forma de remédios e devem ser prescritas por médicos.

Atualmente essas drogas são utilizadas por caminhoneiros, que apelidaram-nas de “rebites”, e jovens (“speed freeks”) as tomam visando ter melhor desempenho nos estudos. Elas também são comuns nas baladas, sendo conhecidas como “ice”.

Porém, o perigo é que a sua maior utilização é como moderadora de apetite, o que a torna um grande risco à saúde, principalmente as mulheres, influenciadas pela mídia, que desejam obter um corpo ideal, ignorando os graves efeitos colaterais danosos da sua ingestão.

Assim como ocorre com outras drogas, com o tempo o organismo torna-se tolerante à quantidade ingerida, obrigando a pessoa ingerir cada vez mais para manter mesmos efeitos.

Dentre os efeitos a longo prazo, tem-se a irritabilidade, desidratação, insônia ou sono inconstante, aumento da tensão arterial, taquicardia, dor de cabeça, tontura, vertigens, tremores e perda de apetite, podendo esta acarretar na anorexia e na desnutrição.

O consumo excessivo dessas drogas pode acarretar na “psicose anfetamínica”, que pode durar dias e até semanas. Nesse período, a pessoa apresenta hiper-excitabilidade, insônia, náuseas, vômitos, fortes dores no peito, tremores, alucinações, convulsões e pode até morrer.

Por Marlene Amariz

Os inalantes são substâncias químicas voláteis, com efeitos semelhantes aos anestésicos, os quais diminuem as funções orgânicas. São psicoativos, uma vez inalados, chegam aos pulmões, e posteriormente à corrente sangüínea, suas substâncias químicas atingem o cérebro em segundos, ocasionando perturbações visuais e auditivas, excitação, sensação de euforia, e alucinações.

Efeitos

Geralmente os efeitos dos inalantes, duram por alguns minutos, porém quando o produto é inalado repetidas vezes o seu efeito prolonga-se por muitas horas, e então notam-se sintomas agudos do abuso, semelhantes aos do uso do álcool, por depressão do SNC (Sistema Nervoso Central).
Inicialmente o usuário pode sentir um efeito estimulante, mas em inalações subseqüentes pode ocorrer uma desinibição, falta de coordenação, tonturas, desorientação, fraqueza muscular, descontrole levando-o até a perda da consciência, e em casos mais graves, coma podendo ocasionar a morte.

Conseqüências do uso

Os inalantes são produtos altamente tóxicos e podem induzir diretamente à morte dentro de poucos minutos em uma única sessão de uso prolongado por: parada cardíaca e distúrbios do ritmo cardíaco ou sufocação, no caso de deslocamento de oxigênio dos pulmões.

A sua inalação repetida poderá reduzir o fluxo de oxigênio para o cérebro provocando a destruição de neurônios, levando à perda de reflexos, problemas de memória e de concen- tração.

Partindo-se para o uso crônico de solventes podem ocorrer graves prejuízos aos rins e fígado, alterando a capacidade de funcionamento desses órgãos, conseqüentemente, tornando o organismo mais indefeso contra toxinas, produtos do metabolismo e contra o próprio inalante.
Comumente podemos observar nos usuários de inalantes uma fadiga constante que é originária do uso, e indica danos à medula óssea, onde ocorre uma produção irregular e insuficiente de eritrócitos (células vermelhas do sangue periférico).

Morte súbita

As drogas apresentam-se hoje como um problema de Saúde Pública, pois além de prejuízos morais, sociais, econômicos, familiares, entre outros, causam também graves distúrbios físicos em seus usuários através de exposições à vários agentes, riscos de acidentes em vários níveis de gravidade e de vários tipos (violência, automobilísticos, domésticos,legais, etc.), além de em casos mais graves causar a morte.
No caso dos inalantes, a morte súbita pode ocorrer através do abuso, nas seguintes formas:

1) Asfixia: através da inalação de fluocarbonos, encontrados em extintores de incêndio e certos gases anestésicos, os quais deprimem o SNC. O inalante é aspirado de um recipiente fechado, ocorrendo que o vapor dos inalantes ocupa o lugar do oxigênio no recipiente e nos pulmões, causando a asfixia pois o cérebro não detecta a falta de oxigênio durante a intoxicação por causa da ação sedativa da droga.

Nestes casos quando o usuário sobrevive, podem ocorrer seqüelas cerebrais permanentes.

2) Problemas cardíacos: quando sob o efeito do uso do inalante o usuário submete-se à excitação, corrida ou situações que causam-lhe medo, ocorendo uma descarga de adrenalina.

3) Combinações perigosas: inalantes combinados com álcool e/ou outras drogas podem resultar em morte súbita pela ação sedativa excessiva sobre o SNC.

Os inalantes podem apresentar-se de diversas formas, pois nem sempre são produtos ilícitos, mas ao contrário, também encontram-se em produtos utilizados no ambiente doméstico, como tintas spray e fluidos de limpeza. Entre as substãncias inalantes, estão os solventes ( cola, removedores, gasolina), e gases (anestésicos, butano, aerossóis e propano).

Deve-se observar as condições ambientais do uso desses produtos voláteis e extremamente tóxicos, principalmente em relação às crianças e adolescentes, as quais estão entre o grupo de maior risco de abuso dessas substâncias, tomando-se a precaução de evitar a exposição, inalação, uso inadequado, ou mesmo acidental e utilizá-los somente em ambientes bem ventilados, cuidando-se inclusive de evitar a inalação por crianças em tenra idade.

O uso desses produtos para fins domésticos deverá ser realizado em ambientes bem ventilados, longe do alcande de crianças, evitando-se assim seus efeitos prejudiciais.

Tratamento

A melhor prevenção contra as drogas, é sem dúvida, o conhecimento dos efeitos prejudiciais que elas trazem, na saúde do indivíduo tanto social quanto fisicamente.

Porém quando já instalou-se um quadro de dependência, seja ela física, psíquica ou psicológica, ou mesmo antes disso, o tratamento faz-se necessário para dar fim a um comportamento compulsivo.

Estudos recentes demonstraram que mesmo a dependência é tratável, resultando em efeito não apenas no usuário e familiares, mas na sociedade como um todo, diminuindo os fatores associados às drogas, como violência, acidentes de trânsito, ocorrências policiais, etc.

Vários segmentos da sociedade hoje, já disponibilizam esses trabalhos à favor da comunidade, assim como: instituições religiosas (evangélicas, católicas,etc), ou hospitais públicos e privados, universidades públicas, e órgãos públicos como por exemplo o DENARC, que ministra palestras e direciona para caminhos melhores.

Por LucasMS

A droga

O Ecstasy é uma droga sintética, fabricada em laboratório. O princípio ativo do Ecstasy é uma substância chamada metilenodioximetanfetamina, que pode ser abreviado de MDMA, que é um tipo de anfetamina (estimulante), também tem efeitos parecidos com os alucinógenos. O ecstasy é vendido geralmente em comprimidos (veja a foto), mas também em pó (para ser inalado). Como a maioria das drogas, os traficantes colocam outras substâncias junto da droga, para render mais e terem mais lucro. Essas substâncias podem ser cafeína, cocaína, ketamina (anéstésico usado em animais), entre outros.

Efeitos

A MDMA atua no cérebro, controlando duas substâncias: a dopamina, que interfere nas dores, e a serotonina, que está ligada às sensações de amor. A combinação das duas, deixa a pessoa muito mais eufórica, confiante, sociável, etc.

Outros efeitos:
- Ansiedade
- Paranóias
- Aumento dos batimentos cardíacos
- A pessoa sua muito, podendo levar à desidratação
- Náuseas
- Bruxismo (ranger dos dentes)

Quando o indivíduo ingere grandes quantidades de ecstasy (algo como 3 ou mais comprimidos), pode ocorrer:
- Secura na boca
- Alucinações, Psicose (ouvir vozes, etc)
- Fazer coisas que não faria se estivesse em estado normal
- dores musculares
- insônia, perda temporária de visão, etc

O uso constante da droga, pode causar morte de células cerebrais, pertubações mentais, falta de memória, perda de autocontrole, síndrome do pânico, depressão, etc.

Vício

Não há indícios físicos capazes de determinar a capacidade de viciar na droga.

Overdoses

É muito fácil ter overdose com o ecstasy: um comprimido pode trazer ela. Ela traz consigo, uma série de efeitos: terríveis dores de cabeça, dificuldades na fala, febre muito alta, vômitos, perda de controle dos músculos, morte (em decorrência das altas temperaturas do corpo).

Por LucasMS

Histórico

Há mais de cinco mil anos a Papoula, planta de onde deriva a heroína, é conhecida pela humanidade. Naquela época, os sumérios costumavam a utilizá-la para combater algumas doenças como a insônia e constipação intestinal. No século passado, farmacêuticos obtiveram, da Papoula, uma substância que foi chamada de Morfina. O uso da morfina foi amplamente difundido na medicina do século XIX devido, principalmente, a suas propriedades analgésicas e antidiarréicas.

Da morfina, logo foram sintetizadas várias derivações como diamorfina, codeína, codetilina, heroína, metopon. A heroína é a mais conhecida delas. Na década de 20 foi constatado que a heroína causava dependência química e psíquica, por isso foi proibida sua produção e comércio no mundo todo. A heroína voltou a se expandir pelo mundo depois da Segunda Guerra Mundial e hoje é produzida no mercado negro principalmente no Sudeste Asiático e na Europa.

Princípio ativo

A heroína é uma variação da morfina, que por sua vez é uma variação do ópio, obtido de uma planta denominada Papoula. A designação química da heroína é diacetilmorfina. A heroína se apresenta no estado sólido. Para ser consumida, ela é aquecida normalmente com o auxílio de uma colher onde a droga se transforma em líqüido e fica pronta para ser injetada. O consumo da heroína pode ser diretamente pela veia, forma mais comum no ocidente, ou inalada, como é, normalmente, consumida no oriente.

Efeitos

A heroína é uma das mais prejudiciais drogas de que se tem notícia. Além de ser extremamente nociva ao corpo, a heroína causa rapidamente dependência química e psíquica. Ela age como um poderoso depressivo do sistema nervoso central. Logo após injetar a droga, o usuário fica em um estado sonolento, fora da realidade. Esse estado é conhecido como “cabeceio” ou “cabecear”. As pupilas ficam muito contraídas e as primeiras sensações são de euforia e conforto. Em seguida, o usuário entra em depressão profunda, o que o leva a buscar novas e maiores doses para conseguir repetir o efeito.

Fisicamente, o usuário de heroína pode apresentar diversas complicações como surdez, cegueira, delírios, inflamação das válvulas cardíacas, coma e até a morte. No caso de ser consumida por meios injetáveis, pode causar necrose (morte dos tecidos) das veias. Isto dificulta o viciado a encontrar uma veia que ainda esteja em condições adequadas para poder injetar uma nova dose. O corpo fica desregulado deixando de produzir algumas substâncias vitais como a endorfina ou passando a produzir outras substâncias em demasia, como a noradrenalina que, em excesso, acelera os batimentos cardíacos e a respiração. O corpo perde também a capacidade de controlar sua temperatura causando calafrios constantes. O estômago e o intestino ficam completamente descontrolados causando constantes vômitos, diarréias e fortes dores abdominais.

Por Marlene Amariz

LSD é uma abreviação usada para dietilamida do ácido lisérgico. Trata-se de uma droga alucinógena, sintética, isto é, fabricada em laboratório, de uso oral (é ingerida), que não possui odor, sabor ou cor, é mais comumente utilizada, por adolescentes e jovens.

Pequenas doses do LSD, em torno de 20 à 50 microgramas já produzem alterações mentais, provocando sérias distorções no funcionamento cerebral do usuário, ou melhor, alucinações, além de várias outras reações conforme veremos mais adiante.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde e as Nações Unidas o LSD é uma droga proscrita, ou seja, proibida. No Brasil, o Ministério da Saúde não reconhece o uso médico, portanto, ficam proibidas a sua produção, o uso e o comércio, considerando-se crime, e caso a pessoa enquadre-se em alguma(s) dessas situações, estará sujeita às penas da lei.

Efeitos

Como acontece com todas as outras drogas, devemos considerar as condições físicas e mentais do indivíduo e a quantidade ingerida, mas de um modo geral os efeitos do LSD surgem de30 à 90 minutos após a ingestão de uma dose, durando em média 6 (seis) horas. Eles podem ser divididos em efeitos físicos e psíquicos, como seguem:

Físicos

Tremores, aumento da temperatura corporal , da freqüência cardíaca, e da pressão arterial, pupilas dilatadas, aumento da glicemia, suores, perda de apetite, náuseas, tontura, parestesia (queimação da pele), boca seca, insônia e convulsão.

O uso crônico pode resultar em fadiga e tensão podendo perdurar por vários dias.

Psíquicos

Durante o efeito do alucinógeno são produzidos fenômenos alucinatórios que envolvem alterações nas percepções: auditivas, visuais, gustativa, olfativa, táctil, perda do limite entre o espaço e o próprio corpo, podendo causar diversos tipos de acidentes: domésticos, de trabalho, automobilísticos, etc., despersonalização, sensações de pânico e medo, ou ainda sinestesias, que é uma confusão de informações sensoriais,onde as sensações auditivas,traduzem-se em imagens e estas em sons , delírio, sensações alternadas e simultâneas de alegria e tristeza, e de relaxamento e tensão, perda da coordenação do pensamento, apreensão constante.

As sensações produzidas pelo LSD, ao usuário, são “reais”, provocando medo, prazer, ansiedade, dor, e com seu uso continuado estes efeitos poderão tornar-se crônicos, causando: depressão profunda, surtos de esquizofrenia, reflexos exaltados e perda da memória.

O perigo

Apesar do LSD comumente não causar comportamentos compulsivos para sua obtenção, poderá causar uma dependência psicológica, visto que algumas pessoas não conseguem viver mais sem a droga.

No entanto, o seu maior risco não encontra-se na toxicidade ao organismo mas nos efeitos psíquicos que ela causa, pois o usuário torna-se incapaz de avaliar situações de perigo, julga-se com capacidade de força irreal, podendo envolver-se em acidentes em geral; por exemplo em uma alucinação, pretender voar e cair de uma janela, ou ignorando os perigos do mar e avançando pelas suas águas!

Além disso o uso crônico do LSD pode causar um fenômeno “perigosíssimo” de causa desconhecida, denominado de “flashback”, o qual, repentinamente, leva o indivíduo a ter todos os sintomas psíquicos do uso, porém sem tê-lo feito, podendo ocorrer à qualquer momento, inclusive durante a condução de algum tipo de veículo (carro, moto, etc.), causando acidentes graves com conseqüências muitas vezes irreversíveis, causando a sua morte e/ou invalidez ou pior ainda prejuízos à terceiros!

Alguns estudos presumem que este fenômeno possa ser desencadeado por intoxicação alcoólica, pelo uso abusivo da maconha ou por cansaço físico.

Tratamento

De longe o melhor tratamento contra as drogas é a prevenção, a busca do conhecimento, da informação, dos efeitos que causam a curto e a longo prazo na vida individual e familiar do usuário e de suas famílias, na comunidade, enfim, conhecer um pouco das conseqüências.

Se após todas estas etapas, ainda houver um envolvimento é possível procurar um tratamento auxiliar. Atualmente vários segmentos da sociedade, como por exemplo, governamentais, religiosos, estudantis (universidades), saúde e ONGs (Organizações Não Governamentais) mobilizam-se em busca de ajudar à salvar jovens, adolescentes, adultos e crianças que entram num túnel onde na maioria da vezes precisam de outros para enxergar a luz!

Por LucasMS

A maconha, cujo nome científico é Cannabis sativa, é uma das drogas mais usadas no Brasil, por ser barata e de fácil acesso nos grandes centros urbanos. O modo mais utilizado para usá-la é fumando enrolado em um papel, ou então utilizando um cachimbo. O que traz os efeitos é uma substância muito poderosa chamada tetrahidrocanabinol (THC), que varia de quantidade, dependendo da forma como a maconha é produzida ou fumada.

Efeitos
Os efeitos, logo após fumar o cigarro de maconha, são (podem ser diferentes dependendo da quantidade de THC):
- euforia, sonolência, sentimento de felicidade
- risos espontâneos, sem motivo algum
- perda de noção do tempo, espaço, etc
- perda de coordenação motora, equilibrio, fala, etc
- aceleramento do coração (taquicardia)
- perda temporária de inteligência
- fome, olhos vermelhos, e outras características

O tempo do efeito depende do modo como a maconha é utilizada. Se for fumada, o THC vai rapidamente para o cérebro, e o efeito dura aproximadamente 5 horas. Se for ingerido, o efeito demora pra vir (cerca de 1 hora) mas dura aproximadamente 12 horas.

Quando a quantidade de THC for mais alta, podem-se somar os efeitos:
- alucinações, iluções
- ansiedade, angústia, pânico
- impotência sexual

Os efeitos a longo prazo são muito mais danosos:
- maior chance de desenvolver câncer de pulmão
- bronquites
- sistema imunológico fragilizado
- tosse crônica
- arritmia cardíaca

A maconha não causa dependência, mas o usuário precisará cada vez de mais doses para ter o mesmo efeito. Mas isso passará com algumas semanas sem fumar.

Outros nomes da maconha: baseado, erva, marola, camarão, taba, fumo, beck, bagana, bagulho, cachimbo da paz, capim seco, erva maldita, etc.

Por Marlene Amariz

Também denominada como super dose ou dose excessiva. Overdose é um termo em inglês utilizado cientificamente para indicar a exposição do organismo à altas doses de uma ou mais substâncias químicas, lícitas ou ilícitas, tais como: drogas de abuso, medicamento, álcool, ou alguma outra substância.

Esta dose excessiva é capaz de provocar efeitos adversos agudos, físicos e/ou mentais, acusando sintomas clínicos que debilitam o organismo, levando à falência de órgãos vitais, como coração e pulmões, causando graves conseqüências ao indivíduo, inclusive a morte.

Geralmente liga-se o termo overdose à drogas de abuso, e à dependência química, porém sabe-se que o corpo humano tem seus limites, e várias substâncias quando utilizadas acima do que ele possa suportar, poderão desencadear reações imprevisíveis e desagradáveis.

E fisiologicamente o que ocorre?

A metabolização, ou seja, a eliminação da droga ingerida geralmente é feita pelo fígado. Nesta metabolização as drogas são decompostas, resultando em outros compostos mais simples e menos tóxicos que estas. Quando a ingestão for maior que a velocidade de metabolização, vai ocorrendo um acúmulo de substâncias tóxicas (intoxicação), alcançando níveis capazes de provocar parada cardíaca ou respiratória, ou ainda depressão total do SNC (Sistema Nervoso Central), sendo fatal.

Como exemplo podemos citar o álcool, que quando seu nível atinge 0,4% à 0,5% no sangue, equivalendo à 600 ml de uísque bebido num período igual ou inferior à 60 minutos, provoca o coma.Quando o nível ingerido atinge 0,6% à 0,7%, o equivalente à 750 ml, no mesmo período de tempo, todo o cérebro e medula entram em depressão profunda, provocando paralisia do centro respiratório, e conseqüentemente, a morte.Já a quantidade suficiente de cocaína capaz de causar uma overdose, seguida de parada cardíaca é de 1,2 g, porém os usuários desenvolvem tolerância.

Sinais de overdose

Normalmente os efeitos podem variar de indivíduo para indivíduo, devido à vários fatores, tais como: tipo de droga ingerida, quantidade, vias de administração utilizada, procedência da droga, constituição física e psicológica, circunstâncias em que ocorre a overdose.

Mas, de um modo geral são: problemas respiratórios e perda de consciência.

A overdose pode ser acidental, provocada, fatal ou não, porém torna-se difícil estabelecer um critério para cada uma dessas situações, onde na grande maioria dos casos, ela ocorre quando o usuário busca maiores efeitos, e perde o controle das doses, encaminhando-se às vezes acidentalmente e outras vezes consciente do risco que corre para quadros que poderão levá-lo à morte.

A overdose é hoje uma das principais causas de morte entre os dependente químicos.

Um grande número de mortes por overdose poderia ser evitado, desde que o indivíduo em crise por overdose recebesse socorro adequado e imediato de um atendimento especializado. Devemos ressaltar que os amigos ou a(s) pessoa(s) que o socorrem terão o direito ao anonimato, não correndo o risco de serem delatados.

Uma das coisas que não deve-se fazer é provocar vômitos, o que em caso de overdose não auxiliaria, e seria ainda mais prejudicial. O ideal é que sempre se procure um serviço médico especializado com profissionais preparados para esse tipo de atendimento, onde encontra-se na rede hospitalar pública ou privada.

Por Thais Pacievitch

São muitos os males que o cigarro causa no organismo do usuário, é interessante ressaltar que até as pessoas que convivem com fumantes (fumantes passivos) podem desenvolver doenças relacionadas ao fumo.

O cigarro é feito de tabaco, erva da família das solanáceas, cujo nome científico é Nicotiana tabacum. Sabe-se, hoje, que o cigarro contém mais de 4500 substâncias tóxicas como alcatrão, polônio 210 e urânio (sendo que os dois últimos são radioativos), dentre as quais 43 comprovadamente cancerígenas.

Devemos lembrar que, embora o Estado permita sua fabricação e comercialização (graças aos impostos arrecadados), a nicotina, presente no cigarro, é uma droga extremamente viciante, e causa dependência física e psicológica. No Brasil, o tabagismo é responsável por mais de 120.000 mortes ao ano.

Durante décadas o tabagismo foi amplamente divulgado e incentivado pela indústria cinematográfica e pela propaganda de maneira geral como sinônimo de charme, sofisticação e glamour. Uma completa enganação, motivada por lucros enormes em detrimento da saúde de milhões de pessoas pelo mundo afora.

Assim que é tragada a fumaça provoca alterações no organismo, são elas: aumento da pressão arterial, aumento dos batimentos cardíacos e constrição dos vasos sangüíneos. Isto faz o coração ter de bater com mais força e, com o passar do tempo, o fumante tem boas chances de desenvolver problemas cardiovasculares ( infarto, angina e doenças coronárias).

Dizer que o cigarro pode provocar muitos males não é exagero, aqui vão algumas destas doenças: hipertensão arterial, infarto do miocárdio, aterosclerose, bronquite crônica, angina pectoris, tromboangeíte obliterada, enfisema pulmonar, cânceres de pulmão, boca, laringe, esôfago, estômago, pâncreas, bexiga, rim, faringe, colo de útero, mama, reto, intestino e próstata. Diabetes, otite, amigdalite, osteoporose, acidente vascular cerebral, aneurisma da aorta, estomatite, aborto, linfoma, catarata, periodontite, tuberculose, deslocamento precoce da placenta e sinusite, entre algumas outras.

Quanto mais tempo a pessoa fuma, mais difícil é largar o vício e maiores são as chances de desenvolver algum tipo de doença relacionada ao tabaco. Para abandonar o vício são necessárias algumas atitudes como: grande motivação individual, estabelecer uma data específica, solicitar a ajuda de um profissional a fim de obter remédios para passar pela síndrome de abstinência da melhor forma possível.

Por Ana Paula de Araújo

O álcool é consumido há muito tempo. Porém, antes do processo de destilação, as bebidas tinham um teor de álcool mais baixo, pois sofriam a fermentação. Eram elas a cerveja e o vinho. O álcool é uma bebida psicotrópica. Além de causar dependência, causa também mudanças no comportamento. Inicia-se com uma alteração no humor acompanhada de uma euforia, depois vem o momento da sonolência, onde o indivíduo não possui mais sua coordenação motora e apresenta comportamento depressivo. Isso acontece devido ao fato de o álcool agir diretamente no sistema nervoso central.

O álcool compromete partes do cérebro responsáveis pela memória, aprendizagem, motivação e autocontrole. É considerada uma droga depressora, ou seja, causa efeitos semelhantes aos da depressão como sonolência, tonturas, distúrbios no sono, náuseas, vômitos, fala incompreensível, reflexos comprometidos e ressaca.

As principais bebidas alcoólicas comercializadas no Brasil são: a cerveja, o vinho, o licor, a cachaça, o uísque, o conhaque e os coquetéis. Segundo pesquisas, os jovens de 13 a 21 anos têm facilidade em adquirir bebidas alcoólicas, as quais muitas vezes são permitidas ou providenciadas pelos próprios pais.

O etanol (veja ao final de Alcoóis) é o álcool mais utilizado em bebidas, combustíveis, produtos de limpeza, etc. Sua fórmula é: CH3CH2OH. Ele atinge também outros órgãos do corpo, como o coração, a corrente sangüínea, o fígado, etc.

A bebida alcoólica é consumida apenas por via oral, e dentro da sociedade atual há um estímulo muito grande ao seu consumo. Independentemente desse fator, é importante a conscientização da sociedade em relação aos perigos que o uso da droga acarreta para quem a consome.

A crise de abstinência é um comportamento diferenciado que ocorre em pessoas dependentes e que estão há algum tempo sem ingerir o álcool. É caracterizada por impaciência, ansiedade, alucinações, náuseas, convulsões, etc.

O consumo de bebida alcoólica pode causar diversas outras enfermidades como a esteatose, que é o acúmulo de gordura no fígado, a qual pode evoluir para uma cirrose. Esta, por sua vez, freqüentemente não tem reversão e só é curada através de um transplante de fígado. O doente fica com a pele amarelada, desnutrido, com a barriga inchada e sente fortes dores abdominais. Pode causar também sangramento pelo nariz e vômitos.

Outra doença comum é uma inflamação no miocárdio, chamada miocardite, que se caracteriza por tonturas e falta de ar, que por sua vez são causadas por uma arritmia cardíaca.

Pode causar, ainda, uma inflamação no pâncreas, denominada pancreatite, que se manifesta através de dores de barriga e diarréia, e caso não seja tratada pode se transformar em diabetes. A Neuropatia, que é uma alteração nos nervos, é caracterizada pela perda do tato e formigamentos nas mãos.

E, por fim, pode causar uma lesão no cérebro que compromete a memória e altera drasticamente o comportamento do indivíduo.

O Ensino de Ciências Naturais nas Séries Iniciais

O ENSINO DE CIÊNCIAS NATURAIS NAS SÉRIES INICIAIS

Leonir Lorenzetti[1][1]

RESUMO - O presente artigo analisa a importância do Ensino de Ciências Naturais nas Séries Iniciais do Ensino Fundamental. É parte de dissertação de mestrado que analisa os significados da alfabetização científica e elabora um conceito de alfabetização científica para as séries iniciais de escolaridade.

AS RAZÕES PARA ENSINAR CIÊNCIAS NATURAIS

Muito se tem discutido e escrito sobre a importância do ensino de Ciências Naturais em todos os níveis de escolaridade.

A importância do ensino de Ciências é reconhecida por pesquisadores da área em todo o mundo, havendo uma concordância relativa à inclusão de temas relacionados à Ciência e à Tecnologia nas Séries Iniciais. Apesar da convergência de opiniões e de sua incorporação pelas propostas curriculares e planejamentos escolares, ainda hoje em dia a criança sai da escola com conhecimentos científicos insuficientes para compreender o mundo que a cerca.

Diante de tal fato, podem ser formuladas questões como: Qual é, afinal, a importância dos conhecimentos científicos para a vida dos educandos? Quais aspectos devem ser enfatizados ao se ensinar Ciências Naturais? Quais as demandas da sociedade em decorrência do desenvolvimento científico e tecnológico? Como as pessoas e as escolas deveriam agir perante o amplo desenvolvimento da ciência e da técnica?

Considerando que a Ciência e a Tecnologia desempenham um papel muito importante na escola elementar, em 1983, a UNESCO elencou algumas justificativas para a inclusão desses temas nos currículos escolares.

· As ciências podem ajudar as crianças a pensar de maneira lógica sobre os fatos cotidianos e a resolver problemas práticos simples.

· As ciências, e suas aplicações tecnológicas, podem ajudar a melhorar a qualidade de vida das pessoas. As ciências e a tecnologia são atividades socialmente úteis que esperamos sejam familiares às crianças.

· Dado que o mundo tende a orientar-se cada vez mais num sentido científico e tecnológico, é importante que os futuros cidadãos se preparem para viver nele.

· As ciências podem promover o desenvolvimento intelectual das crianças.

· As ciências podem ajudar positivamente as crianças em outras áreas, especialmente em linguagem e matemática.

· Numerosas crianças de muitos países deixam de estudar ao acabar a escola primária, sendo esta a única oportunidade de que dispõem para explorar seu ambiente de um modo lógico e sistemático.

· As ciências nas escolas primárias podem ser realmente divertidas “. (UNESCO apud HARLEN, 1994, p. 28-29, tradução minha, grifos meus).

Segundo FRACALANZA; AMARAL & GOUVEIA (1986):

“... o ensino de ciências no primeiro grau, entre outros aspectos, deve contribuir para o domínio das técnicas de leitura e escrita; permitir o aprendizado dos conceitos básicos das ciências naturais e da aplicação dos princípios aprendidos a situações práticas; possibilitar a compreensão das relações entre a ciência e a sociedade e dos mecanismos de produção e apropriação dos conhecimentos científicos e tecnológicos; garantir a transmissão e a sistematização dos saberes e da cultura regional e local” (p. 26-27).

As razões apontadas acima se contrapõem ao ensino livresco, memorístico, acrítico e a-histórico ministrado na maioria das escolas. Para mudar esta realidade, torna-se necessário desenvolver um ensino de Ciências que tenha como foco, nas Séries Iniciais de escolaridade, “a ação da criança, a sua participação ativa durante o processo de aquisição do conhecimento, a partir de desafiadoras atividades de aprendizagem”. (FRIZZO & MARIN, 1989, p. 14).

FRACALANZA; AMARAL & GOUVEIA (1986) afirmam também que o ensino de Ciências, além dos conhecimentos, experiências e habilidades inerentes a esta matéria, deve desenvolver o pensamento lógico e a vivência de momentos de investigação, convergindo para o desenvolvimento das capacidades de observação, reflexão, criação, discriminação de valores, julgamento, comunicação, convívio, cooperação, decisão, ação, entendidos como sendo objetivos do processo educativo. Estas habilidades descritas são instrumentos de suma importância para a vida do educando pois, em muitas situações de sua existência, estas habilidades estarão presentes e, é em nível elementar que estas habilidades podem ser iniciadas, permitindo ao aluno discutir e analisar o conhecimento que está sendo construído.

O ensino de Ciências nas Séries Iniciais deverá propiciar a todos os cidadãos os conhecimentos e oportunidades de desenvolvimento de capacidades necessárias para se orientarem nesta sociedade complexa, compreendendo o que se passa à sua volta, tomando posição e intervindo na sua realidade.

Desta maneira, estaremos possibilitando condições para que o educando exerça a sua cidadania. “Para o exercício pleno da cidadania, um mínimo de formação básica em ciências deve ser desenvolvido, de modo a fornecer instrumentos que possibilitem uma melhor compreensão da sociedade em que vivemos” (DELIZOICOV & ANGOTTI, 1990, p.56). Assim, todos os indivíduos devem receber uma formação mínima em ciências para a sua formação cultural, uma vez que o "corpus" do conhecimento científico das Ciências Naturais é parte constitutiva da cultura elaborada. Ademais, é no âmbito das Séries Iniciais que a criança constrói seus conceitos e apreende de modo mais significativo o ambiente que a rodeia, através da apropriação e compreensão dos significados apresentados mediante o ensino das Ciências Naturais.

Sabe-se que o acesso ao conhecimento científico se dá de diversas formas, e em diferentes ambientes, mas é na escola que a formação de conceitos científicos é introduzida explicitamente, oportunizando ao ser humano a compreensão da realidade e a superação de problemas que lhe são impostos diariamente. Assim, deve-se ter em conta que o ensino de Ciências, fundamentalmente, objetiva fazer com que o educando aprenda a viver na sociedade em que está inserido.

O ensino de Ciências com seus métodos, linguagem e conteúdos próprios deve promover a formação integral do cidadão, como ser pensante e atuante, e como co-responsável pelos destinos da sociedade. A criança, desde as Séries Iniciais de escolaridade, é cidadã que se constrói através de inúmeros atos interativos com os outros e com o meio em que vive. Ela é sujeito de seus conhecimentos. “O propósito mais geral do ensino das Ciências deverá ser incentivar a emergência de uma cidadania esclarecida, capaz de usar os recursos intelectuais da Ciência para criar um ambiente favorável ao desenvolvimento do Homem como ser humano”. (HURD apud CARMO, 1991, p. 146).

No que respeita ao exercício da cidadania, FUMAGALLI (1998) explicita que se deve perceber o aluno das Séries Iniciais também como sujeito social de sua própria história.

“Cada vez que escuto que as crianças pequenas não podem aprender ciências, entendo que essa afirmação comporta não somente a incompreensão das características psicológicas do pensamento infantil, mas também a desvalorização da criança como sujeito social. Nesse sentido, parece que é esquecido que as crianças não são somente ‘o futuro’ e sim que são ‘hoje’ sujeitos integrantes do corpo social e que, portanto, têm o mesmo direito que os adultos de apropriar-se da cultura elaborada pelo conjunto da sociedade para utilizá-la na explicação e na transformação do mundo que a cerca. E apropriar-se da cultura elaborada é apropriar-se também do conhecimento científico, já que este é uma parte constitutiva dessa cultura.” (p. 15).

Esta autora afirma ainda que não ensinar ciências nas Séries Iniciais, utilizando-se do argumento que as crianças não possuem capacidades intelectuais, é uma forma de discriminá-las como sujeitos sociais. Defende ainda que, embora no discurso pedagógico reconhece-se a importância social de abordar as ciências no nível básico de educação, na prática escolar o conhecimento científico e tecnológico parece estar ausente, tendo em vista a prioridade ao ensino das matérias chamadas instrumentais (Matemática e Linguagem). Desta forma, o ensino de Ciências, principalmente na primeira e segunda séries, ocupa um lugar residual, no qual chega a ser incidental.

FUMAGALLI (1998) afirma também que se deve valorizar a prática social presente nas crianças. Quando se ensina Ciências, nas Séries Iniciais, está-se formando o cidadão e não apenas futuros cidadãos. Argumenta que os alunos, “enquanto integrantes do corpo social atual, podem ser hoje também responsáveis pelo cuidado do meio ambiente, podem agir hoje de forma consciente e solidária em relação a temas vinculados ao bem-estar da sociedade da qual fazem parte” (p. 18). Valorizando a criança como sujeito social atual, estar-se-á contribuindo para a sua ação como adulto responsável e crítico na sociedade.

HARLEN (1989) apresenta três argumentos para a introdução de temas relativos às ciências na escolarização elementar:

a) As crianças constroem idéias sobre o mundo que as rodeia, independentemente de estarem estudando ou não ciências na escola. As idéias por elas desenvolvidas não apresentam um enfoque científico de exploração do mundo e, podem, inclusive, obstaculizar a aprendizagem em ciências nos graus subseqüentes de sua escolarização. Assim, se os assuntos de ciência não forem ensinados às crianças, a escola estará contribuindo para que elas fiquem apenas com seus próprios pensamentos sobre os mesmo, dificultando a troca de pontos de vista com outras pessoas.

b) A construção de conceitos e o desenvolvimento do conhecimento não são independentes do desenvolvimento de habilidades intelectuais. Portanto, é difícil ensinar um “enfoque científico”, se não são fornecidas às crianças melhores oportunidades para conseguir tratar (processar) as informações obtidas.

c) Se as crianças, na escola, não entrarem em contato com a experiência sistemática da atividade científica, irão desenvolver posturas ditadas por outras esferas sociais, que poderão repercutir por toda a sua vida.

PRETTO (1995), ao discutir o ensino de Ciências nos livros didáticos, apresenta quatro argumentos em sua defesa no Ensino Fundamental. “O conhecimento científico é uma maneira de se interpretar os fenômenos naturais; a ciência é parte integrante da cultura; a ciência faz parte da história das diferentes formas de organização da sociedade; e o desenvolvimento científico e tecnológico é cada vez mais acentuado.” (p. 19).

As crianças, desde cedo, precisam conhecer e interpretar os fenômenos naturais, situando-se no Universo em que estão inseridas e interpretando a Natureza.

A ciência precisa ser entendida como um elemento da Cultura, tendo em vista que os conhecimentos científicos e tecnológicos desenvolvem-se em grande escala na nossa sociedade, resultante do trabalho do homem, do seu esforço criador, e não de um momento mágico, no qual o homem cria, a partir do nada, teorias e leis.

Ao considerar ciência como um elemento do universo cultural, deve-se considerar que ela possui uma história. A produção do conhecimento científico está relacionada com os diversos momentos históricos do seu surgimento, recebendo influências das instâncias econômicas, sociais, políticas, religiosas, entre outras, e também sobre elas exercendo a sua influência. (PRETTO, 1995, p. 19-20).

O ensino de Ciências não pode ser desenvolvido como um elemento independente do todo social e, além disso, deve auxiliar o cidadão na compreensão das múltiplas questões com as quais lidamos no nosso cotidiano e que envolvem elementos da ciência e da técnica.

Pode-se pensar que o ensino de Ciências deva contribuir para o próprio crescimento da ciência, garantindo a formação inicial e o estímulo à posterior profissionalização dos cientistas e técnicos aptos a dar respostas às necessidades sociais (CARMO, 1991). Não obstante, sua principal função deverá ser a de proporcionar aos indivíduos uma melhor compreensão não só da ciência e de sua natureza, como também do papel da ciência na sociedade atual. Assim, o ensino de Ciências deverá possibilitar a todos os alunos uma formação científica básica, capacitando-os a compreender o funcionamento de seu mundo, ao mesmo tempo em que pode incentiva-los a prosseguir seus estudos nos campos da ciência e da técnica.

NECESSIDADES DE MUDANÇA: SINALIZANDO POSSIBILIDADES

Analisando a literatura educacional sobre o ensino de Ciências Naturais, constata-se a existência de inúmeras críticas relacionadas, em especial, aos procedimentos de ensino empregados pelos professores, à formação inicial e continuada dos professores e à utilização do livro didático no magistério das Séries Iniciais do Ensino Fundamental.

Mas, quais são, afinal, as principais críticas referidas na literatura e que contribuem para a melhor compreensão do ensino praticado em nossas escolas nesse nível de escolaridade?

De início, deve-se considerar que as crianças adoram aprender. Portanto, é vital que os professores levem em consideração que as crianças, mesmo antes de freqüentarem a escola, manifestam um interesse muito grande pelas coisas da natureza, apresentando curiosidades, demonstrando interesse para descobrir como as coisas funcionam e repetindo incansavelmente suas dúvidas e os porquês. A criança mostra curiosidade pelo ambiente em que vive. Assim, ao estudar o ambiente, ela estará se envolvendo em situações reais com as quais está familiarizada. Por outro lado, dependendo das suas vivências na escola, esta curiosidade da criança pode-se perder à medida que ela avança na escolaridade. “O entusiasmo e o gosto por saber, especialmente relacionado com as coisas da ciência, vai declinando. O gosto pela ciência vai diminuindo e freqüentemente se extingue. Muitas vezes aquilo que era gosto inerente ao jovem, acaba por se transformar em aversão” (CANIATO, 1997, p. 46).

De fato, é notório o descompasso que existe entre o ensinado em sala de aula e a realidade dos alunos, o que torna as aulas de Ciências Naturais irrelevantes e sem significado, pois o que se veicula nas escolas quase nunca se relaciona com os conhecimentos anteriormente construídos pelos educandos. “Na maioria das escolas, o ensino de ciências não trabalha com a identificação, o reconhecimento e a compreensão do mundo físico e do mundo dos seres vivos, não faz relação entre o dia-a-dia da criança e a ciência que se estuda” (FRACALANZA; AMARAL; GOUVEIA, 1986, p. 8).

Ao ingressar na escola o aluno já interagiu de muitas maneiras com o meio físico, com isso construindo o seu universo de conhecimento, o qual se constitui nas denominadas “concepções alternativas, espontâneas, ou de senso comum” (PFUNDT & DUIT, 1994). Caberia, então, ao professor reconhecer estes conhecimentos já construídos e, a partir deles, desenvolver a sua prática pedagógica.

Mesmo que algumas iniciativas de mudança estejam ocorrendo, o ensino de Ciências ainda se caracteriza por um excesso de informações e pela ênfase em sua memorização. (MILAGRE, 1989; DELIZOICOV & ANGOTTI, 1990; PACHECO, 1996). Tradicionalmente, as ciências têm sido ensinadas como uma coleção de fatos, descrições de fenômenos e enunciados de teorias para memorizar. Enfatizam-se muitos conceitos que pouco contribuirão para a vida do aluno na sociedade. Estes, por sua vez, conforme a usual prática escolar, deverão ser, quando muito, recitados na forma com que foram supostamente aprendidos.

Entretanto, a prática pedagógica deveria oportunizar, para além do exercício da verbalização de idéias, discutir as causas dos fenômenos, entender os mecanismos dos processos que estão estudando, analisar onde e como aquele conhecimento apresentado em sala de aula está presente em sua vida e, sempre que possível, relacionar as implicações destes conhecimentos na sociedade.

No Ensino Fundamental e, em especial, nas Séries Iniciais, o enfoque do professor deverá recair primeiramente sobre a compreensão dos conhecimentos científicos para somente após nomeá-los, conceituando-os. Não obstante, freqüentemente observa-se que, nas avaliações que praticam, os professores preocupam-se em demasia em nomear os conceitos e esquecem o processo de sua compreensão. As teorias científicas apresentam um repertório de leis e enunciados fortemente estruturados e de difícil compreensão e abstração. Muitas destas não são possíveis de ser compreendidas nas primeiras séries do Ensino Fundamental. Nestas séries os professores deverão selecionar e adequar quais conteúdos priorizar para desenvolver e promover a compreensão da ciência. Este processo tem sido denominado de transposição didática.

Segundo HARLEN (1994), o modo de aprender das crianças se baseia na construção de sua própria visão do mundo, da seleção, da atuação e das formas de pensar e das idéias úteis para sua vida. Sua aprendizagem dependerá de como se efetuam a seleção e de como atuam. Argumenta ainda que o ensino de Ciências deverá ser desenvolvido para que os alunos “descubram o significado do mundo”. (p. 15).

As Ciências Naturais passam a ter significado à medida que possibilitam a compreensão dos fenômenos e objetos científicos através da interação que se estabelece e das relações construídas com outros saberes.

Todavia, ao limitar o ensino de Ciências aos chamados produtos da ciência, isto é, apenas aos conteúdos, deixam-se de lado os processos da ciência, ou seja, os eventos e procedimentos que levaram às descobertas científicas. “Assim, para muitos alunos, aprender ciências é decorar um conjunto de nomes, fórmulas, descrições de instrumentos ou substâncias, enunciados de leis. Como resultado, o que poderia ser uma experiência intelectual estimulante passa a ser um processo doloroso que chega até a causar aversão.” (KRASILCHIK, 1987, p. 52).

Além disso, a forma como os conteúdos são apresentados em sala de aula contribui para um ensino deficiente em ciência. Na maioria das vezes, os conceitos dos conteúdos são apenas apresentados, seguindo-se uma série de exercícios em que o aluno copia literalmente os conceitos apresentados no texto. Utilizam-se jogos, exercícios de completar, palavras cruzadas que induzem à memorização mecânica das respostas.

Desse modo, os exercícios parecem ter somente a função de ocupar as crianças no período escolar. Todavia, ao aluno deveria ser propiciada a oportunidade de extrapolar e projetar aquele conhecimento para outras situações, questionando e entendendo como aquele conhecimento está presente no seu cotidiano.

Para muito além dos costumeiros exercícios escolares, é reconhecida a importância das atividades práticas, seja em laboratório próprio ou em sala de aula, como um espaço que envolve a participação ativa dos alunos, permitindo que os educandos compreendam parte do processo científico, ou seja, como parte da ciência produz o seu conhecimento, com suas certezas e incertezas.

Embora se saiba da relativa importância dada aos laboratórios escolares, é preciso reconhecer a ausência de laboratórios minimamente organizados nas escolas, sua insuficiência ou inadequação de seu uso, o que se constitui em entrave para a melhoria do ensino de Ciências. Muitas vezes os professores, até mesmo, utilizam a falta de laboratório para justificar a não realização de atividades práticas.

Entretanto, no ensino de Ciências Naturais nas Séries Iniciais, a sala de aula e o meio ambiente se constituem em espaços que poderiam ser ocupados para estas atividades. O local da atividade e os materiais empregados são fatores de pouca relevância, mas o enfoque e a forma de apresentação das atividades práticas poderia contribuir para o desenvolvimento ímpar de aprendizagem significativa.

Verifica-se, por outro lado, que quando as escolas estão equipadas com materiais e equipamentos, os laboratórios permanecem freqüentemente fechados, porque o professor está, de modo geral, despreparado para utilizá-los.

De fato, a formação deficiente dos professores constitui um fator preponderante do quadro de problemas percebidos no ensino de Ciências. Sabe-se que o professor termina o curso de Magistério, e até mesmo o Ensino Superior, usualmente sem a formação adequada para ensinar Ciências.

Desse modo, a prática pedagógica, influenciada diretamente pela formação deficiente dos professores, se traduz nas aulas de Ciências teóricas, baseadas nos livros textos, descontextualizados da realidade dos alunos. As práticas em laboratório escolar ou mesmo as experiências em sala de aula, quando realizadas, nem sempre desenvolvem o raciocínio lógico e não contribuem para a construção de outros conhecimentos. Acentua-se, por isso, não apenas a necessidade de se repensar o currículo de formação de professores mas, principalmente a formação continuada de professores, mediante ações especificamente voltadas para as questões da prática pedagógica.

A par da formação deficiente do professor, também o livro didático, considerado um dos principais instrumentos do processo ensino-aprendizagem, contribui para agravar o problema do ensino de Ciências praticado em nossas escolas. Para FRACALANZA; AMARAL; GOUVEIA (1986, p. 18), “o livro didático, que muito eficazmente padronizou propostas curriculares de ciências, acabou por subjugar o ensino de ciências, tornando-se seu orientador exclusivo, e transformou-se de auxiliar didático em ditador de planejamento”. Esta constatação pode ser facilmente percebida quando, ao se analisar os planos de ensino dos professores, se constata que eles representam uma cópia fiel dos conteúdos apresentados no livro didático adotado pela escola, orientando as atividades diárias de sala de aula.

Assim, o livro didático que deveria servir como elemento estimulador, desenvolvendo a capacidade dos alunos, passa a ser um elemento limitador e uniformizador da aprendizagem. PRETTO (1995), ao analisar os livros didáticos de Ciências de 1ª a 4ª série, identificou uma semelhança impressionante no conteúdo, na ordem e na forma de apresentação dos conteúdos nos diversos manuais escolares.

KRASILCHIK (1987, p.49) critica os livros didáticos, ao afirmar que são “veículos explícitos ou implícitos de ideologias, incoerentes com as propostas das mudanças. Transmitem preconceitos contra minorias sociais e étnicas. Apresentam valores controvertidos sobre relações entre a Ciência e a Sociedade e entre pesquisadores e a comunidade.” Afirma ainda que nos livros exagera-se no uso de cores nas ilustrações, figuras caricaturescas que supostamente agradam aos alunos, além de exercícios do tipo quebra-cabeças que são primários na sua demanda intelectual.

Para ALVES (1987), os livros didáticos na sua maioria ignoram aquilo que o aluno já sabe. “Os conceitos que emitem são de uma notável tautologia; não só repetem aquilo que o aluno conhece, como se fosse novidade, como repetem ‘ ad nauseam’ os mesmos conceitos, os mesmo desenhos, as mesmas explicações.” (p. 15). Argumenta ainda que os professores devem reverter esta prática, partindo do conhecimento que o aluno já possui, para “fazer valer dentro da escola a realidade do aluno e a apreensão que ele já traz desta realidade, e para que se tenha ‘a prática social como ponto de partida e ponto de chegada do processo pedagógico’” . (p. 15).

Na escolha do livro didático os professores deveriam considerar se as atividades propostas no livro apenas reforçam os conteúdos apresentados ou são importantes para a própria formação de conceitos científicos pelos alunos. Além disso, deveriam “verificar se as atividades levam em conta a vivência e o nível cognitivo de seus alunos (...) perceber o grau de dificuldades de cada uma das propostas de atividades sugeridas, bem como a viabilidade de sua realização nas condições escolares” . (FRACALANZA; AMARAL; GOUVEIA, 1986, p. 33).

MOYSÉS & AQUINO (1987) verificaram o entendimento que os escolares apresentavam em relação ao livro texto e constataram que os alunos preferem os livros que favorecem mais à compreensão que a memorização. Além disso, eles também explicitaram que gostariam que os livros apresentassem mais exemplos e os conteúdos apresentados estivessem aliados ao seu cotidiano. “Como este cotidiano não se dá mediante quadros sinóticos, resumos e textos truncados, sugerem que as explicações sejam maiores e mais claras.” (p.13).

Entretanto, face à excessiva padronização dos livros escolares, dificilmente o professor tem condições de, baseado apenas nesses recursos, alterar substantivamente sua proposta de ensino. Além disso, face ao poder das editoras, dificilmente essa situação poderá ser alterada no curto prazo. Entretanto, mediante propostas de formação continuada, os professores poderiam ser estimulados a utilizarem materiais alternativos – jornais, revistas, livros não escolares, jogos etc. – ou desenvolverem atividades apropriadas como, por exemplo, as de estudo do meio.

Nas Séries Iniciais a criança defronta-se com o conhecimento científico e sua compreensão dependerá da concepção de Ciência e de Educação que baliza a prática pedagógica. Para muitos professores, o ensino de Ciências Naturais é desenvolvido de forma propedêutica, preparando a criança para o futuro. Porém, “O estudante não é só cidadão do futuro, mas já é cidadão hoje, e, nesse sentido, conhecer Ciência é ampliar a sua possibilidade presente de participação social e desenvolvimento mental, para assim viabilizar sua capacidade plena de exercício da cidadania.” (BRASIL, 1997a, p. 23).

Na sociedade atual dominada pelos conhecimentos científicos e pelos produtos tecnológicos, é importante e desejável, e até essencial, que o público em geral tenha mais e melhores informações sobre a Ciência e a Tecnologia.

Discutindo a importância da ciência, BODMER (1986) afirma que as pessoas nas suas vidas cotidianas precisam de algum entendimento de ciência para a sua própria satisfação pessoal e bem-estar. Quanto mais as pessoas conviverem e discutirem sobre a utilização da Ciência e da Tecnologia, maior será a possibilidade de ampliação da alfabetização científica desta população, porque os assuntos científicos passam a ser discutidos como qualquer outro assunto, pelo interesse que despertam e pelas possibilidades de alteração nas relações sociais que se impõem na sociedade. A ciência, que hoje se constitui num conhecimento profundamente sedimentado na cultura popular pode possibilitar aos cidadãos mudar seus pontos de vista e atitudes.

Um público cientificamente informado em ciências é uma das condições prévias para o efetivo funcionamento de uma sociedade democrática, permeada pela Ciência e Tecnologia.

Enquanto cidadãos e membros de uma sociedade democrática, todos são convocados a discutir e votar em assuntos que envolvem a Ciência e a Tecnologia. Também no dia-a-dia e no trabalho a maioria das pessoas está envolvida de múltiplas formas com questões científicas. Desse modo, as pessoas necessitam de algum entendimento científico, para auxiliá-las quer diariamente em sua vida pessoal e profissional, quer nas suas decisões no âmbito das relações sociais.

Assim, espera-se que as questões públicas envolvendo a ciência sejam melhores compreendidas e que melhores decisões sejam tomadas quanto maior for o entendimento público da ciência. Melhorar o entendimento público de ciência e influenciar na tomada de decisões, nos órgãos governamentais e na vida prática das pessoas, constituem-se em metas para as quais o ensino de Ciências Naturais certamente poderá contribuir. Através desta disciplina, nas Séries Iniciais do Ensino Fundamental, certamente a alfabetização científica poderá contribuir para que o aluno realize uma leitura inicial de mundo, compreendendo os significados dos conteúdos da ciência e de seus processos de produção. Entretanto, para que isso ocorra, as atividades docentes devem privilegiar a atribuição de significados, balizadas pelo processo de compreensão dos conteúdos e dos métodos, contrapondo-se a um ensino memorístico, descontextualizado, a-histórico e acrítico, que hoje em dia permeia com muita naturalidade o contexto escolar.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVES, Neila Guimarães. A saúde na sala de aula: uma análise nos livros didáticos. In: Cadernos CEDES: o cotidiano do livro didático, São Paulo: Cortez, n. 18, 1987.

BODMER, W. The public understanding of Science. London, 1986.

BRASIL. Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Ciências Naturais. Brasília: MEC/SEF, 1997a.

CANIATO, Rodolpho. Com ciência na educação: ideário e prática de uma alternativa brasileira para o ensino de ciências. 3ª reimpressão, Campinas, SP: Papirus, 1997.

CARMO, José Manuel do. As ciências no ciclo preparatório: formação de professores para um ensino integrador das perspectivas da ciência, do indivíduo e da sociedade. In: Ler Educação, nº 5, maio/ago. 1991.

DELIZOICOV Demétrio; ANGOTTI, José André Peres. Metodologia do Ensino de Ciência. São Paulo: Cortez, 1990

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