segunda-feira, 25 de julho de 2011

Será????


Vale a pena APOIAR essa brava brasileira!!!!!!
"FURO" / Estudante de Direito !

OLHA SÓ O "FURO" QUE ESTA MENINA DESCOBRIU !!!!!!

O DIREITO DE IR E VIR BARRADO PELOS PEDÁGIOS
Entre os diversos trabalhos apresentados, um deles causou polêmica entre os participantes. "A Inconstitucionalidade dos Pedágios", desenvolvido pela aluna do 9º semestre de Direito da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) Márcia dos Santos Silva chocou, impressionou e orientou os presentes.

A jovem de 22 anos apresentou o "Direito fundamental de ir e vir" nas estradas do Brasil. Ela, que mora em Pelotas, conta que, para vir a Rio Grande apresentar seu trabalho no congresso, não pagou pedágio e, na volta, faria o mesmo. Causando surpresa nos participantes, ela fundamentou seus atos durante a apresentação.
Márcia explica que na Constituição Federal de 1988, Título II, dos "Direitos e Garantias Fundamentais", o artigo 5 diz o seguinte: "Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade " E no inciso XV do artigo: "é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens". A jovem acrescenta que "o direito de ir e vir é cláusula pétrea na Constituição Federal, o que significa dizer que não é possível violar esse direito. E ainda que todo o brasileiro tem livre acesso em todo o território nacional O que também quer dizer que o pedágio vai contra a constituição".

Segundo Márcia, as estradas não são vendáveis. E o que acontece é que concessionárias de pedágios realiza contratos com o governo Estadual de investir no melhoramento dessas rodovias e cobram o pedágio para ressarcir os gastos. No entanto, no valor da gasolina é incluído o imposto de Contribuição de Intervenção de Domínio Econômico (Cide), e parte dele é destinado às estradas. "No momento que abasteço meu carro, estou pagando o pedágio. Não é necessário eu pagar novamente Só quero exercer meu direito, a estrada é um bem público e não é justo eu pagar por um bem que já é meu também", enfatiza.

A estudante explicou maneiras e mostrou um vídeo que ensinava a passar nos pedágio sem precisar pagar. "Ou você pode passar atrás de algum carro que tenha parado. Ou ainda passa direto. A cancela, que barra os carros é de plástico, não quebra, e quando o carro passa por ali ela abre.
Não tem perigo algum e não arranha o carro", conta ela, que diz fazer isso sempre que viaja. Após a apresentação, questionamentos não faltaram. Quem assistia ficava curioso em saber se o ato não estaria infringindo alguma lei, se poderia gerar multa, ou ainda se quem fizesse isso não estaria destruindo o patrimônio alheio. As respostas foram claras. Segundo Márcia, juridicamente não há lei que permita a utilização de pedágios em estradas brasileiras.
Quanto a ser um patrimônio alheio, o fato, explica ela, é que o pedágio e a cancela estão no meio do caminho onde os carros precisam passar e, até então, ela nunca viu cancelas ou pedágios ficarem danificados. Márcia também conta que uma vez foi parada pela Polícia Rodoviária, e um guarda disse que iria acompanhá-la para pagar o pedágio. "Eu perguntei ao policial se ele prestava algum serviço para a concessionária ou ao Estado.
Afinal, um policial rodoviário trabalha para o Estado ou para o governo Federal e deve cuidar da segurança nas estradas. Já a empresa de pedágios, é privada, ou seja, não tem nada a ver uma coisa com a outra", Acrescenta.
Ela defende ainda que os preços são iguais para pessoas de baixa renda, que possuem carros menores, e para quem tem um poder aquisitivo maior e automóveis melhores, alegando que muita gente não possui condições para gastar tanto com pedágios. Ela garante também que o Estado está negando um direito da sociedade. "Não há o que defender ou explicar. A constituição é clara quando diz que todos nós temos o direito de ir e vir em todas as estradas do território nacional", conclui. A estudante apresenta o trabalho de conclusão de curso e formou-se em agosto de 2008.
Ela não sabia que área do Direito pretende seguir, mas garante que vai continuar trabalhando e defendendo a causa dos pedágios.

FONTE: JORNAL AGORA


Comentário: E agora, como fica a situação. Quem vai apoiar a

advogada?... Ministério Público?... Movimento popular?...

Ela sozinha não vai conseguir convencer o poder constituido.




Isto é o resultado de uma nova geração de brasileiros que está surgindo, para sacudir as anteriores, que não sabem quais são os seus direitos garantidos por lei ou não querem se aborrecer diante dos erros às vezes berrantes, para não serem chamados de chatos.



Meus parabéns jovem e corajosa Marcia dos Santos Silva!

Que vc seja um exemplo para este país de conformados, comodistas, ignorantes, inexperientes e os preguiçosos para

saberem algo mais do que já sabem.
O beija flor, já está usando seu baldinho com água para apagar o fogo da mata, falta agora a adesão do resto, para as forças aumentarem.

terça-feira, 19 de julho de 2011

RESPOSTA À REVISTA VEJA

Sou professora do Estado do Paraná e fiquei indignada com a reportagem da jornalista Roberta de Abreu Lima “Aula Cronometrada”. É com grande pesar que vejo quão distante estão seus argumentos sobre as causas do mau desempenho escolar com as VERDADEIRAS razões que geram este panorama desalentador.
Não há necessidade de cronômetros, nem de especialistas para diagnosticar as falhas da educação. Há necessidade de todos os que pensam que: “os professores é que são incapazes de atrair a atenção de alunos repletos de estímulos e inseridos na era digital” entrem numa sala de aula e observem a realidade brasileira.
Que alunos são esses “repletos de estímulos” que muitas vezes não têm o que comer em suas casas quanto mais inseridos na era digital? Em que pais de famílias oriundas da pobreza trabalham tanto que não têm como acompanhar os filhos em suas atividades escolares, e pior em orientá-los para a vida? Isso sem falar nas famílias impregnadas pelas drogas e destruídas pela ignorância e violência, causas essas que infelizmente são trazidas para dentro da maioria das escolas brasileiras.

Está na hora dos professores se rebelarem contra as acusações que lhes são impostas. Problemas da sociedade deverão ser resolvidos pela sociedade e não somente pela escola.
Não gosto de comparar épocas, mas quando penso na minha infância, onde pai e mãe, tios e avós estavam presentes e onde era inadmissível faltar com o respeito aos mais velhos, quanto mais aos professores e não cumprir as obrigações fossem escolares ou simplesmente caseiras, faço comparações com os alunos de hoje “repletos de estímulos”.
Estímulos de quê? De passar o dia na rua, não fazer as tarefas, ficar em frente ao computador, alguns até altas horas da noite, (quando o têm), brincando no Orkut, ou o que é ainda pior envolvidos nas drogas. Sem disciplina seguem perdidos na vida.

Realmente, nada está bom. Porque o que essas crianças e jovens procuram é amor, atenção, orientação e disciplina.

Rememorando, o que tínhamos nós, os mais velhos, há uns anos atrás de estímulos? Simplesmente: responsabilidade, esperança, alegria.

Esperança que se estudássemos teríamos uma profissão, seríamos realizados na vida. Hoje os jovens constatam que se venderem drogas vão ganhar mais. Para quê o estudo? Por que numa época com tantos estímulos não vemos olhos brilhantes nos jovens? Quem, dos mais velhos, não lembra a emoção de somente brincar com os amigos, de ir aos piqueniques, subir em árvores?

E, nas aulas, havia respeito, amor pela pátria.. Cantávamos o hino nacional diariamente, tínhamos aulas “chatas” só na lousa e sabíamos ler, escrever e fazer contas com fluência.

Se não soubéssemos não iríamos para a 5ª. Série. Precisávamos passar pelo terrível, mas eficiente, exame de admissão. E tínhamos motivação para isso.

Hoje, professores “incapazes” dão aulas na lousa, levam filmes, trabalham com tecnologia, trazem livros de literatura juvenil para leitura em sala-de-aula (o que às vezes resulta em uma revolução), levam alunos à biblioteca e a outros locais educativos (benza, Deus, só os mais corajosos!) e, algumas escolas públicas onde a renda dos pais comporta, até a passeios interessantes, planejados minuciosamente, como ir ao Beto Carrero.

E, mesmo, assim, a indisciplina está presente, nada está bom. Além disso, esses mesmos professores “incapazes”, elaboram atividades escolares como provas, planejamentos, correções nos fins-de-semana, tudo sem remuneração;

Todos os profissionais têm direito a um intervalo que não é cronometrado quando estão cansados. Professores têm 10 minutos de intervalo, quando têm de escolher entre ir ao banheiro ou tomar às pressas o cafezinho. Todos os profissionais têm direito ao vale alimentação, professor tem que se sujeitar a um lanchinho, pago do próprio bolso, mesmo que trabalhe 40 h.semanais. E a saúde? É a única profissão que conheço que embora apresente atestado médico tem que repor as aulas. Plano de saúde? Muito precário.

Há de se pensar, então, que são bem remunerados... Mera ilusão! Por isso, cada vez vemos menos profissionais nessa área, só permanecem os que realmente gostam de ensinar, os que estão aposentando-se e estão perplexos com as mudanças havidas no ensino nos últimos tempos e os que aguardam uma chance de “cair fora”.Todos devem ter vocação para Madre Teresa de Calcutá, porque por mais que esforcem-se em ministrar boas aulas, ainda ouvem alunos chamá-los de “vaca”,”puta”, “gordos “, “velhos” entre outras coisas. Como isso é motivante e temos ainda que ter forças para motivar. Mas, ainda não é tão grave.

Temos notícias, dia-a-dia, até de agressões a professores por alunos. Futuramente, esses mesmos alunos, talvez agridam seus pais e familiares.

Lembro de um artigo lido, na revista Veja, de Cláudio de Moura Castro, que dizia que um país sucumbe quando o grau de incivilidade de seus cidadãos ultrapassa um certo limite.

E acho que esse grau já ultrapassou. Chega de passar alunos que não merecem. Assim, nunca vão saber porque devem estudar e comportar-se na sala de aula; se passam sem estudar mesmo, diante de tantas chances, e com indisciplina... E isso é um crime! Vão passando série após série, e não sabem escrever nem fazer contas simples. Depois a sociedade os exclui, porque não passa a mão na cabeça. Ela é cruel e eles já são adultos.

Por que os alunos do Japão estudam? Por que há cronômetros? Os professores são mais capacitados? Talvez, mas o mais importante é porque há disciplina. E é isso que precisamos e não de cronômetros. Lembrando: o professor estadual só percorre sua íngreme carreira mediante cursos, capacitações que são realizadas, preferencialmente aos sábados. Portanto, a grande maioria dos professores está constantemente estudando e aprimorando-se. Em vez de cronômetros, precisamos de carteiras escolares, livros, materiais, quadras-esportivas cobertas (um luxo para a grande maioria de nossas escolas), e de lousas, sim, em melhores condições e em maior quantidade.

Existem muitos colégios nesse Brasil afora que nem cadeiras possuem para os alunos sentarem. E é essa a nossa realidade! E, precisamos, também, urgentementede educação para que tudo que for fornecido ao aluno não seja destruído por ele mesmo Em plena era digital, os professores ainda são obrigados a preencher os tais livros de chamada, à mão: sem erros, nem borrões (ô, coisa arcaica!), e ainda assim se ouve falar em cronômetros. Francamente!!!

Passou da hora de todos abrirem os olhos e fazerem algo para evitar uma calamidade no país, futuramente. Os professores não são culpados de uma sociedade incivilizada e de banditismo, e finalmente, se os professores até agora não responderam a todas as acusações de serem despreparados e “incapazes” de prender a atenção do aluno com aulas motivadoras é porque não tiveram TEMPO.

Responder a essa reportagem custou-me metade do meu domingo, e duas turmas sem as provas corrigidas.

Vamos começar uma corrente nacional que pelo menos dê aos professores respaldo legal quando um aluno o xinga, o agride... chega de ECA que não resolve nada, chega de Conselho Tutelar que só vai a favor da criança e adolescente (capazes às vezes de matar, roubar e coisas piores), chega de salário baixo, todas as profissões e pessoas passam por professores, deve ser a carreira mais bem paga do país, afinal os deputados que ganham 67% de aumento tiveram professores, até mesmo os "alfabetizados funcionais". Pelo amor de Deus somos uma classe com força!!! Somos politizados, somos cultos, não precisamos fechar escolas, fazer greves, vamos apresentar um projeto de Lei que nos ampare e valorize a profissão.
Vanessa Storrer - professora da rede Municipal de Curitiba!

http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/educacao/metodo-estudo-investigar-dia-dia-escolas-veja-572799.shtml

segunda-feira, 6 de junho de 2011


RECURSOS MINEIRAIS

RECURSOS MINERAIS METÁLICOS: São recursos não metálicos (que não podem ser repostos pela natureza). No Brasil existem diversos minerais metálicos, porém serão citados os principais.

Minério de ferro: Cotado como um dos principais itens exportados pelo Brasil possui grande importância econômica porque é a matéria prima básica para o aço (liga) que tem inúmeras utilidades. As maiores reservas de minério de ferro são: Quadrilátero Ferrífero (Minas Gerais) e serra dos Carajás (Pará). Obs: O Quadrilátero ferrífero e a Serra dos Carajás são as principais áreas produtoras de minérios metálicos no Brasil.

Minério de Manganês: Um dos elementos básicos do aço, o minério de manganês é utilizado também como desintoxidante e dessulfurante. A maior parte de sua produção está concentrada na região norte, sendo que o estado do Amapá é responsável por cerca de 60 % do que é produzido no Brasil, entretanto as reservas da Serra do navio, desse estado, estão quase esgotadas.

Nióbio: Metal empregado na fabricação de fios supercondutores e até turbinas de aviões. O Brasil é o maior produtor mundial de nióbio. A sua maior reserva fica em Minas Gerais, próximo à cidade de Araxá.

Bauxita: É da bauxita que é extraído o alumínio, metal de inúmeras utilidades e indispensável para o homem atualmente. Sua principal Jazida está localizada no vale do rio trombetas (Pará). A Companhia de Mineração Rio do Norte (CMRN) é a maior empresa mineral exploradora de bauxita, sendo que sua maior acionista é a Companhia do Vale do Rio Doce.

Ouro: O Brasil está entre os principais produtores mundiais, sendo que Minas Gerais é a maior produtora Nacional. Muito utilizado em Jóias, tratamento dentário e em muitos setores da indústria o ouro é e foi muito cobiçado pelo mundo todo pelo seu valor comercial.

Cassiterita: Dele é extraído o estanho, muito utilizado em liga com chumbo para realizar solda, empregada na eletrônica. O estado do amazonas é o principal produtor nacional, entretanto o estado de São Paulo é nosso maior consumidor interno.

RECURSOS MINERAIS NÃO METÁLICOS: Possuem utilidades diversas, como materiais de construção (calcário), na alimentação (sal de cozinha e água) entre outras de indiscutível importância. O Brasil ocupa o nono lugar entre os maiores produtores mundiais de sal de cozinha. O porto de Areia branca (RN) é o principal terminal exportador de sal no Brasil.

RECURSOS MINERAIS RADIOATIVOS: O Brasil explora Urânio e Tório, dois minerais utilizados na produção de energia nuclear. Recentemente, foi localizada no Pará uma grande reserva de Urânio. O tório, também escasso, é encontrado principalmente no Rio de Janeiro e Espírito Santo.

OS METAIS E SUAS APLICAÇÕES

Ferro: O ferro, atualmente, é utilizado extensivamente para a produção de aço, liga metálica para a produção de ferramentas, máquinas, veículos de transporte (automóveis, navios, etc), como elemento estrutural de pontes, edificios, e uma infinidade de outras aplicações.
Carvão mineral: Carvão Mineral é um combustível fóssil natural extraído da terra por processos de mineração. É um mineral de cor preta ou marrom prontamente combustível. É composto primeiramente por átomos de carbono e magnésio sob a forma de betumes. Dos diversos combustíveis produzidos e conservados pela natureza sob a forma fossilizada, acredita-se o carvão mineral, o mais abundante.
Aluminio: O alumínio está presente em nossas vidas, por vários motivos. Um deles, é devido a sua grande quantidade existente na Terra; outro, pelo custo acessível e, para o nosso caso, o seu emprego na decoração de interiores. Ouso até afirmar que é o material mais bonito, leve e prático disponível. Há, no entanto, situações em que o mesmo não deve ser usado. Principalmente quando se trata de proteção. Porém, atualmente, está sendo comercializado o alumínio transparente. Esse, sim, tem durabilidade e qualidade muito superior a qualquer outro material. Para se ter um exemplo, o alumínio transparente é cinco vezes mais resistente que o vidro blindado, mas, ainda é caro. Fica em torno do triplo do custo do vidro blindado. Seu uso é muito grande, começando pelas embalagens, latas e papel alumínio. Também, nos bens de consumo duráveis encontramos seu emprego na manufatura de utilidades domésticas, como panelas, baldes e objetos em geral. Se for usado somente para fins decorativos, pode ser usado no embelezamento dos boxes, espelhos, luminárias e móveis em geral. Na construção civil, usamos em portas, janelas, algumas estruturas e grades menos importantes, até mesmo, em alguns casos, em cercas ou aramados. Na transmissão elétrica também, apesar de ser sua condutibilidade 60% menor que a do cobre; ainda assim pode ser usado, devido à sua maleabilidade e custo. Quanto ao acabamento dado ao alumínio, o mesmo, já apresenta uma textura moderna, bonita e agradável. O acabamento do momento é o “escovado”; mas, podemos mantê-lo ao natural, porque acabará ficando com um brilho interessante. Contudo, pode ser fosco também, se for o caso, pois aceita pintura e adesivagem. Como tem muita durabilidade, mesmo se exposto a intempéries, podemos utilizá-lo, tranqüilamente, em áreas externas, e, em muitos casos, sua aplicação é fácil; mas, tudo depende de um bom planejamento e projeto.
Cobre: A aplicação por excelência do cobre é como material condutor (fios e cabos), destinação de aproximadamente 45% do consumo anual de cobre. Outros usos são: Tubos de condensadores e encanamentos. Eletroimãs. Motores elétricos. Interruptores e relés, tubos de vácuo e magnetrons de fornos microondas. Se tende ao uso do cobre em circuitos integrados em substituição ao alumínio, de menor condutividade. Cunhagem de moedas (com o níquel industrial, sendo empregado na agricultura, na purificação da água e como conservante da madeira.
Ouro: O ouro puro é demasiadamente mole para ser usado, geralmente é endurecido formando liga metálica com prata e cobre. O ouro e suas diversas ligas metálicas são muito empregados em joalherias, fabricação de moedas e como padrão monetário em muitos países. Devido a sua boa condutividade elétrica, resistência a corrosão, e uma boa combinação de propriedades físicas e químicas , apresenta diversas aplicações industriais. O ouro exerce funções críticas em ordenadores, comunicações, naves espaciais, motores de reação na aviação, e em diversos outros produtos.
Sua alta condutividade elétrica e resistência a oxidação tem permitido um amplo uso em eletrodeposição, ou seja, cobrir com uma camada de ouro por meio eletrolítico as superfícies de conexões elétricas, para assegurar uma conexão de baixa resistência elétrica e livre do ataque químico do meio. O mesmo processo pode ser utilizado para a douragem de peças, aumentando a sua beleza e valor. Como a prata, o ouro pode formar amálgamas com o mercúrio que, algumas vezes, é empregado em obturações dentárias. O ouro coloidal ( nano-partículas de ouro ) é uma solução intensamente colorida que está sendo pesquisada para fins médicos e biológicos. Esta forma coloidal também é empregada para criar pinturas douradas em cerâmicas. O ácido cloroaúrico é empregado em fotografias. O isótopo de ouro 198Au, com meia-vida de 2,7 dias, é usado em alguns tratamentos de câncer e em outras enfermidades. É empregado para o recobrimento de materiais biológicos, permitindo a visualização através do microscópio eletrônico de varredura (SEM ). Utilizado como cobertura protetora em muitos satélites porque é um bom refletor de luz radiação infravermelha.

A UTILIDADE DOS MINERAIS por: Pércio de Moraes Branco

O ser humano usa, para sobreviver, muitos produtos de origem animal: ovos, leite, carne, couro, pele, óleo, etc. Da mesma maneira, aproveita inúmeros produtos vegetais: arroz, feijão, trigo, milho, algodão, centeio, cevada, frutas, verduras, legumes, etc. Esses produtos fazem parte da nossa vida e deles nos utilizamos todos os dias, sempre que nos alimentamos. Mas, embora não tão visíveis e de presença mais difícil, às vezes, de perceber, os produtos extraídos do reino mineral são igualmente importantes e imensamente variados, como veremos a seguir. Eles, porém, têm uma fundamental diferença em relação àqueles de origem animal e vegetal: não são renováveis. Seu processo de formação é tão lento quando comparado com a vida humana que devem ser considerados como recursos finitos, ou seja, que se extrai uma vez só de um determinado lugar. Podem, sim, ser reciclados, como se faz com as latas de alumínio, mas, a produção original não se renova.

Metais Os minerais nos fornecem os metais, indispensáveis à fabricação tanto de coisas enormes, como aviões, quanto daquelas minúsculas, como alfinetes, clipes ou percevejos.
O alumínio tem mais de 4.000 aplicações diferentes, sendo usado em navios, automóveis, aviões, utensílios domésticos (como panelas), embalagens, tintas, esquadrias de janelas, abrasivos, cimento, refino do petróleo, tijolos refratários e explosivos. Ele é extraído principalmente da bauxita, um solo argiloso e leve que se forma em regiões tropicais. Mas pode ser obtido também de minerais como criolita, nefelina, alunita e leucita.
O antimônio é usado principalmente na forma de ligas com chumbo, que servem para baterias, tubos de creme dental, soldas, tintas e balas de revólver, por exemplo. Mas, também em fogos de artifício, fósforos, medicamentos, vidros e em cerâmica. O metal é extraído de pelo menos sete minerais, dos quais o principal é a estibinita.
O chumbo é extraído de sete minerais, dos quais o principal é a galena. Ele é usado sobretudo em baterias (40% do consumo), como aditivo na gasolina e como isolante de raios X, em tintas, vidros especiais (os chamados cristais), corantes, inseticidas e em projéteis de armas de fogo.
O cobre, bom condutor de calor e eletricidade, é usado em fios elétricos, na fabricação de bronze e latão, em defensivos agrícolas, tratamento da água e em objetos ornamentais. Pode ser extraído de pelo menos dezessete minerais, dos quais o mais importante é a calcopirita.
O estanho é um metal fornecido principalmente da cassiterita. Ele é útil na fabricação de latas de conserva, na obtenção do bronze (usado em esculturas e nos sinos), também em refrigeradores, condicionadores de ar, radiadores e soldas, por exemplo.
O ferro é o mais comum, o mais barato e o mais importante dos metais. É extraído principalmente do mineral hematita, mas também de oito outros minerais. É usado em um enorme número de produtos, principalmente quando transformado em aço.
O manganês é outro metal que tem muitas aplicações e é extraído de pelo menos quinze minerais. É empregado em ligas metálicas, tintas, vidros, cerâmica, aço, automóveis e utensílios domésticos.
O níquel serve principalmente para obtenção de aço inoxidável e outras ligas resistentes à corrosão. É empregado também em moedas, cerâmicas, ímãs, alto-falantes, automóveis, revestimento de outros metais, reatores nucleares, baterias, catalisadores e outros usos. É obtido de treze minerais diferentes.
O ouro, que todos conhecem e apreciam tanto, é usado principalmente em moedas e jóias, mas também em instrumentos científicos e em equipamentos eletrônicos. A principal fonte de obtenção é o ouro nativo (não combinado com outros elementos químicos) e mais alguns poucos minerais.
A platina usa-se na Odontologia, instrumentos de laboratórios, mísseis, fornos elétricos de alta temperatura, catalisadores e muitos outros produtos. É um metal bem mais caro que o ouro, extraído de alguns poucos minerais, como sperrylita e platinirídio.
A prata, também importante e valiosa (mas menos que o outro e a platina), é usada em jóias, moedas, espelhos, talheres, soldas, Odontologia, explosivos, fotografia, radiografias, produção de chuvas artificiais e catalisadores por exemplo. É extraída de quatorze minerais e é também um subproduto na metalurgia de outros metais.
O zinco é usado na fabricação de latão, em automóveis (nos velocímetros, por exemplo), tintas, borrachas, cosméticos, medicamentos, pesticidas, em teclados, plásticos, sabão, baterias, tecidos, lâmpadas fluorescentes, máquinas de lavar roupa e em pigmentos. Obtém-se principalmente da esfalerita, da franklinita, da smithsonita e DA hemimorfita.
Além desses metais, mais conhecidos, há vários outros que são obtidos de minerais, como berílio, cobalto, cromo, irídio, mercúrio, molibdênio, nióbio, paládio, ródio, rutênio, tântalo, telúrio, titânio, tório, tungstênio, vanádio e zircônio.

Combustíveis nucleares
Os reatores nucleares são abastecidos com tório ou urânio, ambos extraídos de minerais. O tório é usado também emlâmpadas de gás portáteis, ligas com magnésio, eletrônica, lâmpadas elétricas e vidros para lentes. O urânio, o principal combustível nuclear, emprega-se também em explosivos atômicos, produção de raios X, fotografia, vidros e esmaltes.
Outro elemento radioativo, o rádio, não é combustível, mas é usadas como fonte de nêutrons, no tratamento de câncer, tintas luminosas e em radiografias industriais.

Pedras preciosas
As pedras preciosas são importantes na economia de muitos países, inclusive do Brasil que é um dos maiores produtores do mundo. Nosso país produz cerca de 90 tipos diferentes de pedras preciosas, usadas em jóias e objetos decorativos. Nem todas as gemas são muito caras, mas algumas, como diamante, esmeralda, rubi, safira, turmalina Paraíba, alexandrita e opala-negra atingem preços altíssimos. O diamante que não serve para uso em jóias tem muitas aplicações na indústria em ferramentas de corte e perfuração. As granadas e o quartzo são usados como abrasivos. Rubis e safiras de baixa qualidade são usados como abrasivos e em relógios.

Medicamentos
Um bom número de elementos químicos usados nos medicamentos são extraídos dos minerais. Entre eles devem ser citados, bismuto (usado também em tintas e esmaltes); cálcio; enxofre; flúor; boro (também útil em esmaltes, vidros, cosméticos edetergentes); bromo (usado também em fotografias e inseticidas); iodo; magnésio (empregado igualmente no curtimento de couro, seda artificial, cimento sorel e ligas); mercúrio (também útil na indústria elétrica, herbicidas e produção de cloro e sódio) e o zinco.

Alimentos
Embora pareça estranho ver os minerais como alimento, a verdade é que todos nós comemos diariamente um mineral, o sal de cozinha. Ele é o mineral halita, um cloreto de sódio.
Indiretamente, outros minerais, como a apatita, contribuem para nossa alimentação, fornecendo fertilizantes agrícolas.

Abrasivos
Diversos minerais são usados como abrasivos, entre eles, granadas, coríndon, quartzo, estaurolita.

Asbestos
Asbestos são um grupo de silicatos fibrosos que inclui crocidolita, crisotilo, antofilita, tremolita e amosita. Esses minerais são usados em tecidos à prova de fogo, isolantes térmicos e elétricos, adicionados ao cimento, em lonas e pastilhas de freios,fabricação de papel, plásticos, borracha e material para filtração.
Alguns minerais destacam-se por possuírem uma variada gama de aplicações industriais. Alguns deles são citados a seguir.
Gipsita e anidrita - sulfatos de cálcio (a primeira hidratada), usadas na fabricação de cimento, cerâmica, fertilizantes, fabricação de ácido sulfúrico e de sulfato de amônio, papel, tintas, inseticidas, cerveja, gesso, giz, vidros, esmaltes, corretivo de solo, na metalurgia e em outros setores.
Quartzo - além de ter muitas variedades que são pedras preciosas (ametista, citrino, ágata, ônix, jaspe, quartzo rosa, quartzo enfumaçado, etc.) é usado em relógios, equipamentos de rádio, fibras óticas, cerâmica e instrumentos científicos.
Arsenopirita - é a principal fonte de arsênio, extraído também de mais seis minerais pelo menos. Esse elemento químico é usado com o chumbo em munição, como conservante de couros e madeiras, em pigmentos, pesticidas, esmaltes e vidros.
Enxofre - útil para fabricação de ácido sulfúrico, pólvora, fogos de artifício, desinfetantes, inseticidas, fósforos e alvejante de tecidos.
Fluorita - é empregada para produção de ácido fluorídrico, fundente na metalurgia, foguetes, combustível, cimento, separação de isótopos de urânio, inseticidas, produção de fluoreto de carbono e em lentes ópticas.
Grafita (grafite) - é usada nos lápis (geralmente misturada com caulinita), em eletrodos, escovas de polimento, lubrificantes, reatores, cadinhos, baterias, indústria do ferro e do aço, tintas, galvanoplastia e munição.
Micas - grupo de minerais que compreende várias espécies, das quais são usadas principalmente a moscovita e a flogopita. Elas servem para produção de isoladores elétricos, enchimento de papéis, borrachas, plásticos, tinta e papéis de parede, ejanelas em portas de fornos. A lepidolita e a zinnwaldita são fonte de lítio e a roscoelita, de vanádio. A biotita é usada comolubrificante.
Talco e pirofilita – usados em material refratário, isoladores, cosméticos, papel, sabão, borracha, vidros, tecidos, porcelanae inseticidas,
Feldspatos – alguns são usados como gema: amazonita, pedra-do-sol, adularia (pedra-da-lua) e labradorita. Outros são usados emvidros, esmaltes, cerâmica, ligante para rodas abrasivas, cimento dentário, sabão e objetos decorativos.
Há um grupo de minerais que têm em comum a origem em rochas sedimentares químicas. Alguns deles, com suas aplicações, são:
Halita (sal-gema) – usado como tempero na alimentação humana, na fabricação de ácido clorídrico, cloro, soda, soda cáustica eoutros compostos de sódio, conservante e para extração de sódio.
Glauberita – usada em vidros, corantes têxteis e na indústria do papel.
Mirabilita (sal de Glauber) – usado como a glauberita e como laxante.
Silvita e carnallita usadas como fertilizante, em vidros, cerâmica, sabões, explosivos, fósforos, combustíveis para foguetes, medicamentos, fotografia, corantes e para extração de potássio. A carnallita fornece também césio, rubídio e estrôncio.
Kieserita e epsomita – usadas em farmácia, tinturaria, celulose e cimento sorel.
Os minerais são muito úteis também na forma de rochas, que são agregados de minerais.
Pedras ornamentais Um dos produtos minerais exportados pelo Brasil são as rochas ornamentais, principalmente granitos e mármores. Em variadas cores e texturas, elas são vendidas para muitos países e muito usados também no mercado interno. Seu uso se dá emrevestimento de paredes, pisos, escadarias, pias, túmulos, monumentos, esculturas, balcões, colunas, etc.
Além de mármores e granitos o Brasil exporta também quartzitos, entre eles aquele comercialmente conhecido como São Tomé ou Caxambu, a mais cara rocha desse tipo do mundo. Outras rochas usadas como ornamento ou simplesmente em pisos e calçadas são ardósia, arenito e basalto.
Além desses usos, há rochas e minerais usados em objetos decorativos, na forma de pequenas esculturas, pesos de papel, cinzeiros, móbiles, esferas, pirâmides, etc. Nesse grupo, entram minerais como ágata, quartzo rosa sodalita, alabastro, malaquita, quartzo verde, cristal-de-rocha, citrino, ametista, lepidolita e muitos outros.
Rochas no estado bruto As pedras ornamentais acima descritas são usadas após um tratamento, que inclui corte, polimento e à vezes enceramento. Há usos, porém, de granitos, basalto, diabásio, quartzito e outras rochas que dispensam esse tratamento. A rocha é simplesmente fragmentada ou no máximo cortada de modo mais ou menos regular. Para enrocamento, usam-se grandes blocos de forma e diâmetro irregulares. Constroem-se, assim, molhes, aterros, barragens, proteção de regiões costeiras contra erosão das ondas, etc. A brita é uma rocha dura e quimicamente estável que foi fragmentada mecanicamente em pedaços de um determinado tamanho para ser usada em concreto, asfalto ou construção de estadas, por exemplo. Conforme o diâmetro, tem-se desde brita 0 (mais fina) até brita 4.
O cascalho é um sedimento formado por fragmentos de rocha de tamanhos variados, arredondados em razão do transporte pela água e que pode ser usado para fabricação de concreto, construção de estradas e, em menor escala, na decoração de jardins.
Outro material muito usado na construção de estradas e também em quadras de tênis é o saibro. Trata-se de uma rocha granítica parcialmente decomposta pela erosão.
A areia é o material bruto mais fino, com grãos de 0,062 mm a 2 mm de diâmetro. Nesse tamanho, já não se tem rocha, mas minerais (quase sempre com ampla predominância do quartzo). A areia é usada em mistura com cimento na construção civil, para obtenção de concreto, para tornar fosco o vidro transparente (jateamento de areia), na construção de estradas, etc. A areia quartzosa muito pura é usada para fabricação de vidro. Material mais fino ainda que a areia são as argilas, misturas de silicatos (principalmente de alumínio), como montmorillonita, illita, caulinita e nontronita, esta última às vezes fonte de níquel.
As argilas são usadas para fazer vasos, telhas, tijolos, lajotas, azulejos, vasos sanitários, pias, caixas de descarga, medicamentos, xícaras, pratos e porcelanatos. São usadas também na fabricação de borracha, absorventes, cosméticos, inseticidas, isolantes térmicos e acústicos, plásticos, cachimbos, etc. A porcelana é uma mistura de argila, quartzo, feldspato e caulinita. A caulinita, aliás, é usada também na fabricação de papel, tintas, lápis e material refratário.
A bentonita é uma mistura de minerais argilosos produzida por devitrificação e alteração de cinzas ou tufos vulcânicos, que consegue absorver enorme quantidade de água, aumentando até oito vezes seu volume. Ela é usada para obtenção de material refratário, tintas, no tratamento de águas, descorante e purificador de óleos e em lama de sondagem. Mas, é útil ainda nafabricação de baterias, pranchas de surf, geladeiras e condicionadores de ar. A pedra-pomes, outro produto de origem vulcânica, é usada no banho, por ser agradavelmente abrasiva, e também para desbotar tecidos, como o brim usado para confecção de jeans. O calcário, além de servir como rocha ornamental, é o principal constituinte do cimento e, quando não serve para isso, é usado como corretivo de solo (para corrigir a acidez). Um tipo menos comum de rocha são as rochas orgânicas, formadas pelo acúmulo de matéria vegetal ou animal. Essas têm uso diferente das vistas até aqui. Algumas são usadas como combustível, como a turfa, o linhito, a hulha e o antracito, que constituem os diferentes tipos de carvão, do menos rico em carbono para o mais rico. Outras, como o fosforito, são usadas para obtenção de fertilizantes, quando não são elas próprias já o fertilizante.

Finalmente, há o petróleo, com seu infindável elenco de derivados. O seu refino envolve quatro fases, na primeira das quais são produzidos combustíveis e a nafta, esta a matéria-prima para toda a cadeia de produção de resinas plásticas. Entre os combustíveis obtidos estão gás de cozinha, usado para aquecer, cozinhar, fabricar plásticos; benzina; gasolina; querosenepara motores de jatos e tratores e que é também material inicial para a fabricação de outros produtos; gasóleo ou diesel estilado,usado como diesel e óleo combustível, além de ser um intermediário para fabricação de outros produtos, e óleos e graxas lubrificantes; petróleo pesado ou óleo combustível. Com a nafta, é produzida a segunda geração de produtos do setor, os petroquímicos básicos, como eteno, propeno, benzeno etolueno, e os petroquímicos intermediários, como o cicloexano e o sulfato de amônia.
O eteno, nome comercial do etileno, é matéria-prima para a produção de polímeros como o polietileno tereftalado (PET, usado em garrafas) e o polivinil cloreto (PVC, usado em tubos e conexões para água, por exemplo). As garrafas PET são usadas principalmente para refrigerantes (80%). O restante serve para embalar água mineral (10%), óleos (6%) e outros produtos.
As resinas plásticas são usadas pelas indústrias de brinquedos; adesivos; caixas d'água; lonas; frascos de soro; tampas para alimentos; calçados; pneus; tintas; tampas para refrigerantes; frascos para água sanitária, amaciantes, alvejantes, desinfetantes, xampus, desodorantes, maionese, adoçantes, etc; filmes para fraldas descartáveis e coletores de lixo, entre outros.
Além do refino, há o setor da Petroquímica. Este compreende três gerações de produtos. Na 1ª, são produzidos materiais básicos, como eteno, propeno, butadieno, etc. Na 2ª geração, fabricam-se os petroquímicos finais, como polietileno (PE), polipropileno (PP),polivinilcloreto (PVC) – chamados de termoplásticos -, poliésteres, óxido de etileno, etc. Na 3ª, os produtos finais são quimicamente modificados para o consumo final. A indústria do plástico é o setor que movimenta a maior quantidade de produtos petroquímicos, por suas infindáveis aplicações. O polipropileno, por exemplo, é usado em brinquedos; copos; recipientes para alimentos, para remédios e para produtos químicos; carcaças para eletrodomésticos; fibras; sacos de ráfia; tubos para cargas de canetas esferográficas; carpetes; seringas; material hospitalar esterilizável; peças para máquinas de lavar; pranchas de bodyboard e autopeças (pára-choques, pedais, carcaças de baterias, interior de estofos, lanternas, ventoinhas, ventiladores, peças diversas no habitáculo). Atualmente, há uma tendência de se utilizar somente o polipropileno no interior dos automóveis, para facilitar a reciclagem do material por ocasião do sucateamento do veículo. O acrílico é também um termoplástico (polimetil-metacrilato), rígido e transparente. São ainda obtidos do petróleo medicamentos, borracha sintética, tecidos sintéticos (nylon, elastômero, lã-fria, etc.), coque, asfalto, alcatrão, breu, ceras, parafina, vernizes, resinas, fósforos, filmes fotográficos, vaselina e até mesmo chicletes.

CURIOSIDADES:
Na primeira metade do século XIX, o alumínio era um metal caríssimo, custando US$ 1.200 por quilograma. Em 1854, Henri Deville conseguiu baixar esse custo para US$ 330, mas ainda era caro, mais caro que o ouro. Só em 1886 foi que Charles Hall descobriu como obter alumínio a baixo custo.
O mercúrio é o único mineral líquido que existe. A água é considerada mineral apenas na forma de gelo natural.
O nome do nylon, tecido sintético obtido a partir do petróleo, vem dos nomes das cidades de Nova York e Londres (NY + LONdon).

FONTES CONSULTADAS: BRANCO, Pércio de Moraes. Dicionário de Mineralogia e Gemologia. São Paulo: Oficina de Textos, 2008. 608 p. il. WIKIPÉDIA EM PORTUGUÊS (
http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A1gina_principal). Acessada em 04.02.2009. COMCIENCIA. (http://www.comciencia.br/reportagens/petroleo/pet13.shtml) e http: //www.comciencia.br/reportagens/petroleo/pet21.shtml – Acessado em 05.02.2009.
KIRSCH, Helmut. Mineralogia aplicada. Trad. Rui Ribeiro Franco.. S.Paulo, Polígono, 1872. 291 p. il.

Tipos de Metal

Existem muitos tipos de metais, chegando hoje ao total de sessenta e oito. Dentre eles existem alguns bem diferentes, como o mercúrio (que é líquido) e o sódio (que é leve). Os mais conhecidos e utilizados há muitos anos são o ferro, cobre, estanho, chumbo, ouro e a prata. Os metais podem ser separados em dois grandes grupos: os ferrosos (compostos por ferro) e os não-ferrosos.

Veja abaixo os principais tipos de metais e suas aplicações:

Tipos

Aplicações

FERROSOS

Ferro

utensílios domésticos, ferramentas, peças de automóveis estruturas de edifícios, latas de alimentos e bebidas;

Aço

latas de alimentos, peças de automóveis, aço para a construção civil;

NÃO-FERROSOS

Alumínio

latas de bebidas, esquadrias;

Cobre

cabos telefônicos e enrolamentos elétricos, encanamentos;

Metais pesados

Chumbo

baterias de carros, lacres;

Níquel

baterias de celular;

Zinco

telhados, baterias

Mercúrio

lâmpadas fluorescentes, baterias

ALUMÍNIO

Sua História A história do alumínio e de suas múltiplas aplicações no mundo moderno é remota. Apesar de ser o mais abundante metal do planeta, ele não se encontra naturalmente na forma metálica e foi somente em 1824 que o dinamarquês Hans Christian Oersted conseguiu isolar o alumínio na forma como é hoje conhecido. Atualmente possui inúmeras aplicações como na fabricação de panelas, janelas, peças de carro, equipamentos eletrônicos, latas de bebidas etc.

Composição O alumínio é obtido a partir do minério bauxita. Vale ressaltar que o processo de extração deste minério, assim como dos demais, é atividade que provoca intenso impacto do solo e dos corpos hídricos. Para extrair o alumínio é feito um processo de refino da bauxita que resulta em um pó branco, parecido com o açúcar, a alumina. Em seguida a alumina passa por um processo eletroquímico e é transformada em alumínio.

Reciclagem de alumínio Este metal é 100% reciclável, em número ilimitado de vezes e quando se recicla o alumínio, são economizados 95% da energia que foi necessária para produzí-lo da primeira vez. Boa parte do alumínio destinado à reciclagem é proveniente das embalagens, em especial latas de bebidas. As latinhas recuperadas são transformadas em lingotes que posteriormente são empregados na fabricação de novas latas e inúmeros outros produtos de alumínio. Atualmente o Brasil é o país que mais recicla latas alumínio no mundo, porém, vale destacar que isso é consequência da falta de oportunidade no mercado de trabalho, se apresentando como alternativa de subsistência para grande parte da população. Mesmo aumentando o material destinado à reciclagem, não houve redução na extração do minério bauxita, atividade esta de intenso impacto ambiental como já mencionado acima.

Índice de reciclagem de latas de alumínio no Brasil

2001

85%

2002

87%

2003

89%

2004

96%

FONTES: Abralatas
ABAL
IPT-CEMPRE, 2000

AÇO

Sua História O ferro foi descoberto ainda na pré-história, porém, o aço, como conhecemos atualmente, só foi desenvolvido em 1856, alcançando grande repercussão no meio industrial. Isso porque o aço é mais resistente que o ferro fundido e pode ser produzido em grandes quantidades, servindo de matéria-prima para muitas indústrias. Com o avanço tecnológico dos fornos e a crescente demanda por produtos feitos de ferro e aço, as indústrias siderúrgicas aumentaram a produção. No entanto, o crescimento deste setor trouxe também um aumento da extração de madeira para produção de carvão e da emissão de gases poluentes na atmosfera pela queima de carvão vegetal.A produção mundial de aço bruto, em 2003, foi de cerca de 965 milhões de toneladas anuais. Para 2004, a expectativa é de que ela ultrapassará um bilhão de toneladas. O ferro e o aço são encontrados na agricultura (ceifadeiras, colheitadeiras, semeadores, arados, etc.), nos transportes (caminhões, carros, navios, aviões etc.), na construção civil, na indústria automobilística, em embalagens, aparelhos domésticos e muitas outras utilidades. As latas de aço e flandres são amplamente utilizadas no mercado nacional de embalagens principalmente para o armazenamento de alimentos, óleos lubrificantes, tampas metálicas e outros.

Composição Para a obtenção das chapas de aço é necessário extrair da natureza o minério de ferro, denominado hematita, e a partir de sua redução com carvão vegetal, produz-se uma chapa com alto grau de pureza. As latas de aço produzidas com chapas metálicas, conhecidas como folhas de flandres, são compostas por ferro e uma pequena parte de estanho (0,20%) ou cromo (0,007%), materiais que as protegem contra a oxidação (ferrugem).

Reciclagem de aço A reciclagem de aço remonta à própria história de utilização do metal. Reciclado, mantém suas propriedades como dureza, resistência e versatilidade. As latas normalmente jogadas no lixo podem retornar a nós em forma de novas latas, ou como vários utensílios - arames, partes de automóvel, dobradiças, maçanetas e muitos outros. Nas áreas de armazenamento, as latas são prensadas para aumentar sua densidade e melhorar as condições de transporte. São enviadas às indústrias siderúrgicas junto com as demais sucatas metálicas, para se transformarem em tarugos ou folhas de flandres. As latas de aço lançadas na natureza sofrem oxidação num prazo médio de 3 anos, transformando-se em óxidos ou hidróxidos de ferro. Se recuperadas, podem ser recicladas infinitamente.

Índice de reciclagem de latas de aço no Brasil

2003

47%

Se considerarmos os índices de reciclagem de carros velhos, eletrodomésticos, resíduos de construção civil, ou seja, todos os segmentos do aço, e somarmos aos índices das embalagens de aço, o Brasil recicla cerca de 70% de todo o aço produzido anualmente.

FONTES: IBS ABEAÇO IPT-CEMPRE, 2000 Calderoni, 1997

UM CASO ESPECIAL: OS METAIS PESADOS

A maioria dos organismos vivos só precisa de alguns poucos metais e em doses muito pequenas, por isso são chamados de micronutrientes. Este é o caso do zinco, do magnésio, do cobalto e do ferro. Estes metais tornam-se tóxicos e perigosos para a saúde humana quando ultrapassam determinadas concentrações-limite. Já o chumbo, o mercúrio, o cádmio, o cromo e o arsênio são metais que não existem naturalmente em nenhum organismo. Tampouco desempenham funções - nutricionais ou bioquímicas - em microorganismos, plantas ou animais. Ou seja: a presença destes metais em organismos vivos é prejudicial em qualquer concentração. Desde que o homem descobriu a metalurgia, a produção destes metais aumentou e seus efeitos tóxicos geraram problemas de saúde permanentes, tanto para seres humanos como para o ecossistema.

DEFINIÇÃO: Grupo dos metais de alto peso molecular, de particular efeito danoso aos seres vivos por não serem biodegradáveis e se acumularem no organismo e em diversas cadeias alimentares, incluindo as cadeias dos quais os homens fazem parte, podendo provocar sérias doenças como câncer, por exemplo. Este termo tem sido também aplicado a elementos que, embora possuam estas características, não são rigorosamente metais.

Normalmente, os metais pesados apresentam-se em concentrações muito pequenas, associados a outros elementos químicos, formando minerais em rochas. Quando lançados na água como resíduos industriais, podem ser absorvidos pelos tecidos animais e vegetais. Estas substâncias tóxicas também depositam-se no solo ou em corpos d’água de regiões mais distantes, graças à movimentação das massas de ar. Assim, os metais pesados podem se acumular em todos os organismos que constituem a cadeia alimentar do homem. É claro que populações residentes em locais próximos a indústrias ou incineradores correm maiores riscos de contaminação.

Outra fonte importante de contaminação do ambiente por metais pesados são os incineradores de lixo urbano e industrial, que provocam a sua volatilização e formam cinzas ricas em metais, principalmente mercúrio, chumbo e cádmio.

Principais metais pesados e seus Impactos:

Metal

Fontes Principais

Impactos na saúde e no meio ambiente

Chumbo

  • indústria de baterias automotivas, chapas de metal semi-acabado, canos de metal, cable sheating, aditivos em gasolina, munição.
  • indústria de reciclagem de sucata de baterias automotivas para reutilização de chumbo
  • prejudicial ao cérebro e ao sistema nervoso em geral
  • afeta o sangue, rins, sistema digestivo e reprodutor ¹
  • eleva a pressão arterial
    agente teratogênico (que acarreta mutação genética)

Cádmio

  • fundição e refinação de metais como zinco, chumbo e cobre;
  • derivados de cádmio são utilizados em pigmentos e pinturas, baterias, processos de galvanoplastia, solda, acumuladores, estabilizadores de PVC, reatores nucleares, tabaco.
  • É comprovadamente um agente cancerígeno, teratogênico e pode causar danos ao sistema reprodutivo e lesão nos rins.

Mercúrio

  • mineração e o uso de derivados na indústria e na agricultura
  • células de eletrólise do sal para produção de cloro.
  • lâmpadas fluorescentes.
  • Intoxicação aguda: efeitos corrosivos violentos na pele e nas membranas da mucosa, náuseas violentas, vômito, dor abdominal, diarréia com sangue, danos aos rins e morte em um período aproximado de 10 dias.
  • Intoxicação crônica: sintomas neurológicos, tremores, vertigens, irritabilidade e depressão, associados a salivação, estomatite e diarréia; descoordenação motora progressiva, perda de visão e audição e deterioração mental decorrente de uma neuroencefalopatia tóxica, na qual as células nervosas do cérebro e do córtex cerebral são seletivamente envolvidas.

Alumínio

Produção de artefatos de alumínio; serralheria; soldagem de medicamentos (antiácidos) e tratamento convencional de água.

Anemia por deficiência de ferro; intoxicação crônica

Arsênio

Metalurgia; manufatura de vidros e fundição

Câncer (seios paranasais)

Cobalto

Preparo de ferramentas de corte e furadoras

Fibrose pulmonar (endurecimento do pulmão) que pode levar à morte

Cromo

Indústrias de corantes, esmaltes, tintas, ligas com aço e níquel; cromagem de metais

Asma (bronquite); câncer

Fósforo amarelo

Veneno para baratas; rodenticidas (tipo de inseticida usado na lavoura) e fogos de artifício.

Náuseas; gastrite; odor de alho; fezes e vômitos fosforescentes; dor muscular; torpor; choque; coma e até morte

Chumbo

Fabricação e reciclagem de baterias de autos; indústria de tintas; pintura em cerâmica; soldagem

Saturnismo (cólicas abdominais, tremores, fraqueza muscular, lesão renal e cerebral)

Níquel

Baterias; aramados; fundição e niquelagem de metais; refinarias

Câncer de pulmão e seios paranasais

Fumos metálicos

Vapores (de cobre, cádmio, ferro, manganês, níquel e zinco) da soldagem industrial ou da galvanização de metais.

Febre dos fumos metálicos (febre, tosse, cansaço e dores musculares) - parecido com pneumonia.

¹ Crianças são especialmente vulneráveis aos efeitos do chumbo. Mesmo quantidades relativamente pequenas de chumbo podem causar rebaixamento permanente da inteligência em crianças, potencialmente resultando em desordens para leitura, distúrbios psicológicos e retardamento mental. Outros efeitos em crianças incluem doenças nos rins e artrite.

Reciclagem de materiais pesados

1. Pilhas: A reciclagem de pilhas envolve geralmente três fases: a triagem, o tratamento físico e o tratamento metalúrgico. O tratamento físico consiste na moagem e posterior separação de constituintes. O tratamento metalúrgico depende da tecnologia adotada pela unidade de reciclagem, podendo ser:

Processo Pirometalúrgico - após a moagem, o ferro é separado magneticamente. Os outros metais são separados tendo em conta os diferentes pontos de fusão. Uma queima inicial permite a total recuperação do mercúrio e do zinco nos gases de saída. O resíduo é então aquecido acima de 1000ºC com um agente redutor, ocorrendo nesta fase a reciclagem do magnésio e de mais algum zinco. Trata-se, portanto, de um processo térmico que consiste em evaporar à temperatura precisa cada metal para recuperá-lo depois, por condensação.

Processo Hidrometalúrgico - opera geralmente a temperaturas que não excedem os 100ºC. As pilhas usadas, sujeitas a moagem prévia, são lixiviadas com ácido hidroclorídrico ou sulfúrico, seguindo-se a purificação das soluções através de operações de precipitação ou eletrólise para recuperação do zinco e do dióxido de magnésio, ou do cádmio e do níquel. Muitas vezes o mercúrio é removido previamente por aquecimento.

Reciclagem por tipo de pilha:

Recarregadores de níquel-cádmio:

  • relativamente fáceis de reciclar, tanto por processos térmicos como hidrometalúrgicos;
  • recuperação do cádmio é de cerca de 100% para reutilização na indústria de pilhas ou fabrico de outros produtos;
  • o níquel é, geralmente, recuperado como ferro-níquel com aplicação na indústria do aço;

Pilhas primárias de "botão":

  • as pilhas primárias de botão com ânodo de zinco podem ser recicladas tanto em conjunto como separadamente para recuperação do mercúrio e da prata;
  • para a mistura destes dois tipos de pilhas, os métodos geralmente em uso baseiam-se na destilação do mercúrio (processo térmico), sendo a obtenção da prata realizada à custa de um processo hidrometalúrgico, a partir dos resíduos da primeira operação;
  • o tratamento de pilhas de óxido de prata (ou dos resíduos da destilação do Hg) pode também ser efetuado térmicamente, com sucata de chumbo, sendo a prata refinada por eletrólise na última etapa do processo;
  • em diferentes partidas, podem ser tratados na mesma instalação outros materiais contendo mercúrio, nomeadamente as lâmpadas fluorescentes, os termômetros e amálgamas de dentistas.

Pilhas primárias cilíndricas:

  • a reciclagem de pilhas primárias de zinco/dióxido de manganésio tem sido difícil de implementar pelos elevados custos associados aos processos e pelos problemas de comercialização de alguns dos produtos obtidos na operação.

2. Descontaminação de metais pesados no solo:

Foram os cientistas da Universidade Ehime (Japão) os descobridores desta nova tecnologia de limpeza de solos contaminados por metais pesados que poderá ser a solução para a recuperação de aterros sanitários ou de regiões atingidas por acidentes com produtos químicos. O que é mais interessante no novo processo é que os metais pesados são separados e podem ser reutilizados em processos industriais, eliminando a necessidade da criação de novos locais de deposição de resíduos. O método também pode ser utilizado para limpeza de águas contaminadas.

O novo método faz com que os metais pesados no solo precipitem-se com elementos de ferro contidos no próprio solo, sendo então recuperados e separados. A tecnologia permite a seleção de quais metais pesados devem ser retirados, permitindo um controle ativo sobre o processo de limpeza do solo. O equipamento envolvido é de pequeno porte, podendo ser levado ao local da descontaminação, evitando a remoção de solo contaminado, o que sempre abre possibilidades para novos acidentes.

A nova tecnologia remove os metais pesados de maneira seletiva e os recupera no próprio local da contaminação, redepositando o solo já descontaminado no lugar, evitando a necessidade de relocalização e a retirada de solo de outro local.

FONTES:

www.greenpeace.org.br

www.netresiduos.com

www.ecoambiental.com.br

www.inovacaotecnologica.com.br